Pressão dos deputados, pressão dos Médicos Sem Fronteiras, mas Fleur Agema quer continuar a ter as vacinas mpox por perto.
Há uma clara divisão política nos Países Baixos por causa das vacinas contra a varíola dos macacos, a mpox.
A maioria dos deputados do Parlamento defende o envio de vacinas para África, onde a doença está a causar mais problemas – sobretudo no Congo, além de Burundi, Ruanda, Uganda e Quénia.
O instituto de saúde pública também defende que, pelo menos, parte das 100 mil vacinas que o país tem deveria ser oferecida aos africanos.
A Organização Mundial de Saúde e a Comissão Europeia já pediram aos países, que possam, para doar vacinas a alguns países africanos.
Os Médicos Sem Fronteiras, enquanto observam um grande aumento do número de casos da mpox, também já comentaram que as vacinas estão “exactamente onde são menos necessárias”. No Congo são precisas “e não há”.
Mas a ministra da Saúde dos Países Baixos, Fleur Agema, quer manter todas as 100 mil vacinas. Pelo menos, para já.
A estação televisiva NOS informa que, na quinta-feira passada, a ministra – do partido de extrema-direita Partido Pela Liberdade – escreveu aos deputados a avisar que não vai doar as vacinas porque, acha, seria irresponsável ficar já sem o stock actual.
O instituto de saúde pública insiste que os Países Baixos poderiam ficar sem 13.200 vacinas. Não iria causar qualquer situação delicada e o seu prazo de validade termina em 2025.
Mas a ministra Fleur Agema avisou: “Estima-se que a probabilidade de um surto de mpox seja pequena, mas não é impensável”.
A responsável do Governo está preocupada com uma nova variante, mais perigosa, que tem começado a circular nos referidos países africanos, mas que também já foi detectado na Suécia e na Tailândia (os primeiros casos confirmados fora de África).
“Durante o último surto nos Países Baixos, em 2022, foram utilizadas 50 mil vacinas. A nova variante é mais patogénica e com uma taxa de mortalidade mais elevada”, justificou a ministra.
Mas há quem deixe outra perspectiva: “É preciso apagar o fogo na lareira. Não esperar até que o fogo se espalhe pela Europa”, comentou o professor da Universidade de Amesterdão, Henry de Vries.
Os próprios deputados consideram que a COVID-19 ensinou que, para combater um surto, o melhor é combater na fonte, na origem.
Estes ministros da treta que não sabem o mundo em que vivem, e será que agum dia o vão entender. A Saúde de África é a Saúde do Planeta Terra, que por sua vez é a nossa Casa. Se esta senhora não entende a lei básica é de lamentar.
Ponto 2 a Europa precisa de África, como a África precisa da Europa.
Que leia história, vai ver que aprende!.