Ministro da Energia “desabafou” numa entrevista a um jornal alemão e reforçou que os muçulmanos estão “muito orgulhosos”.
O facto de o Mundial 2022 ter sido entregue ao Qatar tem originado muitas dúvidas e muitos protestos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Robert Habeck, disse que esta decisão só tem uma explicação: corrupção.
Saad Sherida al-Kaabi, ministro da Energia do Qatar, respondeu, num jornal alemão: “Ele que prove. É responsável, legalmente, por dizer que alguém é corrupto. O ministro deveria mostrar mais respeito pelo Qatar e pelo povo do Qatar”.
Nesta conversa com o jornal Bild, o ministro comentou a polémica à volta dos LGBTQ. A homossexualidade é proibida no Qatar e os homossexuais são presos ou podem mesmo ser condenados à morte.
Saad admitiu que a comunidade LGBTQ pode visitar o Qatar durante o Mundial – mas nada vai mudar no país.
“Se eles querem visitar o Qatar, ver o Mundial, não temos qualquer problema com isso. Mas, como muçulmanos, acreditamos que LGBTQ não é aceitável na nossa religião”, avisou.
“E há mil milhões de muçulmanos no mundo. Não consegues mudar mil milhões de pessoas. Temos orgulho na nossa religião”, reforçou.
E falou no seu caso em específico: “Se querem que eu mude, ao ponto de dizer que acredito nos LGBTQ, que toda a minha família deveria ser LGBTQ, que eu aceito LGBTQ no meu país, que aceito mudar as leis do país e do Islão para deixar o Ocidente satisfeito…aí, isso já não é aceitável”.
Questionado sobre a discriminação em relação aos homossexuais, o ministro insistiu: “O Ocidente diz que o Qatar tem de mudar. Mudar de religião, de fé. E que temos de fazer o que eles acham que está correcto: aceitar LGBTQ”.
“Mas não tenho o direito humano de escolher o que quero para a minha religião, para o meu país, para os meus filhos, para a minha família?”, questionou, antes de acrescentar: “O Ocidente quer ditar a sua lei no Qatar”.
Já em relação a outra polémica sobre o mesmo assunto, a braçadeira One love durante o Mundial, Saad Sherida al-Kaabi limitou-se a dizer que todos devem “seguir as regras” do país onde estão.
Uma coisa nada tem a ver com a outra… ninguém está a forçar as pessoas a serem o que não são!
Berram tanto que parece.