Ministro da Economia francês pede aos cidadãos que gastem dinheiro das contas poupança

worldbank / Flickr

Bruno Le Maire, ministro das Finanças francês

O plano no valor de 100 mil milhões de euros para relançar a economia francesa vai ser apresentado na próxima quinta-feira, mas o ministro da Economia, Bruno Le Maire, já antecipou algumas medidas e pediu aos cidadãos que gastem o valor que “puseram em contas poupanças”.

Segundo noticiou esta quinta-feira a TSF,  devido à pandemia, os franceses a reduzir hábitos de consumo, levando a um decréscimo de 12 pontos no PIB francês.

“Existem 100 mil milhões de euros que os franceses puseram em contas poupanças durante esta crise da covid. O que peço é que os franceses gastem este dinheiro para relançar a economia e que também as empresas participem ao relançamento da atividade económica e para isso existe um princípio absoluto, não iremos aumentar os impostos”, indicou Bruno Le Maire.

“A partir do dia 01 de janeiro vamos reduzir, no valor de 10 mil milhões de euros, os impostos às empresas de produção, para que possam criar empregos e para conseguir voltar a ter um setor industrial forte”, referiu, acrescentando: “é importante para a economia, mas é também cultural, porque a indústria faz parte da cultura francesa”.

Bruno Le Maire alertou que a pandemia “não acabou” e sublinhou que a França “tem todas as condições para conseguir [enfrentar a crise]. Antes desta crise, há vários meses, tínhamos 1,5 por cento de crescimento económico, o desemprego a reduzir, a nação mais atrativa na Europa”, apontou.

“Temos tudo para conseguir, mas há um único senão. A falta de responsabilidade que podemos vir a ter perante a crise sanitária, que pode representar o regresso crescente da epidemia. É o único senão neste caminho da retoma económica francesa”, frisou.

O ministro apelou aos cidadãos que sejam “responsáveis, a respeitarem o distanciamento social, para conseguirmos todos juntos a retoma da economia francesa porque, volto a dizê-lo, a urgência económica está no mesmo patamar da urgência sanitária”.

ZAP //

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