Ministro da Administração interna com reunião no Porto para discutir fecho de esquadras

6

ordemtoc / Flickr

José Luis Carneiro

Rui Moreira revelou não ter sido avisado dos condicionamentos, assim como o comandante da Polícia Municipal do Porto.

A notícia de que duas das principais esquadras da PSP ficaram sem atendimento ao público no último fim de semana fez disparar o alarme junto do Governo, com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a agendar para esta segunda-feira uma reunião com a PSP para analisar a “gestão do efetivo e das infraestruturas policiais” do Porto. De acordo com o Jornal de Notícias, o encontro decorrerá no Comando Metropolitano do Porto.

A mesma fonte avançava há dois dias que, no fim de semana, a 9.ª esquadra da PSP, a maior da cidade — e localizada numa das zonas mais frequentadas por turistas no Porto — não iria dispor de atendimento ao público, com a justificação de “imperativos de ordem operacional“.

A situação foi prontamente condenada pelo presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Santos, pelo presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, Nuno Cruz, e o líder da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto, Miguel Camões. Também Rui Moreira afirmou ontem que foi surpreendido pela decisão, assim como o comandante da Polícia Municipal do Porto, Leitão da Silva. “É uma situação que me preocupa muito“, confessou o autarca do Porto.

O presidente da Câmara explanou ainda que “se há uma esquadra que não podia fechar era aquela”, devido à sua localização na “zona mais vulnerável da cidade“, deixando garantias de que o tema será discutido na reunião na reunião do Executivo municipal. Para além deste passo, Rui Moreira também fez saber que vai pedir explicações aos responsáveis do Ministério da Administração Interna.

“Vou procurar falar com o senhor ministro. Não o quero incomodar num domingo, até porque a decisão está tomada, mas com certeza que na segunda-feira [hoje], depois da reunião do executivo, procurarei falar com o senhor ministro ou com a secretária de Estado que, ainda por cima, é uma pessoa que foi governadora civil, pelo que conhece isto melhor do que ninguém“, explicou.

ZAP //

6 Comments

  1. É fazer o mesmo que se fez em relação aos médicos. Pagar aos polícias 70 euros à hora, para preservar a segurança do país. Ou será a saúde mais importante do que a segurança? Costuma dizer-se que é melhor prevenir do que remediar. E, apostando na segurança, liberta-se sempre um pouco mais o sobrecarregado SNS.

    • E já agora aos professores também.
      No próximo ano lectivo vão ver quantos alunos vão ficar sem professor a alguma disciplina.

      • O problema é que no caso dos polícias e dos professores promete-se aumentar o número de profissionais. Agora, pergunto eu: e porque motivo não se faz o mesmo em relação aos médicos?
        Viva o corporativismo!

    • Tanta coisa sobre o famigerado apelo do Passos Coelho à emigração e o homem não pensa noutra coisa…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.