Ministério Público sul-coreano pede detenção de herdeiro da Samsung

samsungtomorrow / Flickr

O herdeiro da Samsung Lee Jae-Yong

O herdeiro da Samsung Lee Jae-Yong

O Ministério Público sul-coreano apresentou esta segunda-feira ao tribunal um pedido de detenção do herdeiro da Samsung por subornos ligados ao escândalo de corrupção que já levou à destituição da Presidente Park Geun-Hye.

Em comunicado, os investigadores do Ministério Público informaram que pediram ao tribunal de Seul que emitisse um mandado de detenção para Lee Jae-Yong, filho do presidente da Samsung, Lee Kun-Hee, por considerarem que fez doações multimilionárias a organismos controlados por Choi Soon-il, conhecida como “Rasputina” e amiga da ex-presidente da Coreia do Sul, em troca de favorecimentos.

O grupo Samsung disse hoje que é “difícil de entender” a ordem de detenção do presidente da empresa e nega as acusações de suborno no âmbito do caso de corrupção “Rasputina” que envolve a ex-presidente sul coreana.

“É especialmente difícil entender a afirmação dos juízes que alegam que se pediram favores em relação ao acordo de fusão e da transferência de gestão de negócio. Acreditamos que o tribunal vai tomar a decisão correta”, refere o comunicado da empresa.

Os juízes suspeitam que a empresa pagou para conseguir que o Serviço Nacional de Pensões, controlado pelo governo, aprovasse em 2015 a fusão da gestão do organismo com uma empresa subsidiária da Samsung e gerida diretamente pela família Lee.

“Nunca conseguimos nada em troca de favores”, sublinha o mesmo documento divulgado pela Samsung.

Lee admitiu perante a Procuradoria que realizou transações a favor de Choi Soon-il mas negou qualquer relação entre as transações e os planos de fusão.

O empresário de 48 anos é vice-presidente da Samsung Electronics mas controla de facto todas as empresas do grupo desde o passado mês de outubro, altura em que o pai, Lee Kun-hee, sofreu um enfarte.

Após o anúncio da ordem de prisão, a cotação das empresas do grupo Samsung caíram na Bolsa de Seul.

A companhia Samsung Electronics, a mais importante do grupo, caiu 2,4% na bolsa, enquanto a Samsung Engineering, Samsung Heavy e a construtora Samsung (empresa central do alegado processo de fusão), registaram igualmente quedas imediatas na Bolsa da capital do país.

// Lusa

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