Ministério Público pede prisão para Macaco

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O Ministério Público pediu, esta terça-feira, prisão preventiva para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, no âmbito da Operação Pretoriano, e prisão domiciliária com vigilância eletrónica para o famoso adepto portista Vítor Catão.

Fonte judicial adiantou à agência Lusa que, na promoção das medidas de coação a aplicar aos arguidos pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, a procuradora do Ministério Público (MP) defendeu que tanto Fernando Madureira como o membro da claque Super Dragões, Hugo Carneiro (‘Polaco’), ficassem sujeitos à medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.

Para Vítor Catão, conhecido adepto do FC Porto, que optou por não prestar declarações perante o juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira, o MP defendeu a aplicação de prisão domiciliária, com vigilância eletrónica.

Para os restantes nove arguidos, a procuradora do MP pediu, nomeadamente, a proibição de contactos, a proibição de acesso a recintos desportivos, e apresentações periódicas às autoridades.

Após as promoções do MP, cabe agora aos advogados dos 12 arguidos apresentarem os seus argumentos.

As medidas de coação devem ser conhecidas ainda esta terça-feira.

Hoje, à entrada do TIC do Porto, a advogada de Vítor Catão, em declarações aos jornalistas, havia deixado em aberto a aplicação de “qualquer medida prevista no Código de Processo Penal”, antes de ser conhecida a medida proposta para o arguido, que havia facultado aos inspetores o código de acesso ao seu telemóvel.

O que está em causa na “Pretoriano”

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários dos ‘dragões’ e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes ocorridos na Assembleia-Geral (AG) do FC Porto, no dia 13 de novembro.

De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.

No centro da operação, estão também os atos de vandalismo à residência de André Villas-Boas, bem como as ameaças de que o candidato à presidência do clube tem sido alvo.

O termo “Pretoriano” – relativo às tropas ao serviço dos imperadores romanos e que dá nome à investigação – foi usado por André Villas-Boas para descrever o ambiente vivido na “noite negra” de 13 de novembro.

ZAP // Lusa

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