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Ministério da Justiça vai usar tecnologia do ChatGPT para responder a cidadãos

Tiago Petinga / Lusa

O chatbot GPJ vai usar o mesmo sistema base do ChatGPT para responder aos cidadãos que tenham dúvidas. Na primeira fase, vai focar-se nos casamentos e divórcios.

O Ministério da Justiça está a desenvolver um chatbot que vai esclarecer os cidadãos sobre processos judiciais em Portugal. O Guia Prático de Acesso à Justiça (GPJ), que vai ser apresentado esta sexta-feira, terá por base o modelo linguístico GPT-3.5, o mesmo usado pelo ChatGPT e será financiado com fundos do PRR.

O sistema irá responder às perguntas com informações já disponíveis no Portal da Justiça. Na primeira fase, o bot vai especializar-se em questões relacionadas com casamento e divórcio, por serem temas já ricos em informação online.

O projeto deve avançar em Março e assemelha-se muito ao ChatGPT, mas nao exige a criação de uma conta, relata o Público. O bot demora apenas cinco segundos a responder às questões que lhe são feitas e fornece links relevantes. No entanto, contrariamente ao ChatGPT, o GPJ será pouco criativo e não responde às questões se não souber a resposta.

“Isto não é o ChatGPT. Usa a mesma tecnologia de inteligência artificial, mas é um guia. Não pode utilizar qualquer fonte nas respostas. É um sistema fechado que recorre àquilo que está disponível na plataforma da justiça e, no futuro, do Diário da República Electrónico”, refere o Secretário de Estado da Justiça, Pedro Ferrão Tavares.

O sistema insere-se na iniciativa GovTech, em que o Governo apoia produtos e serviços tecnológicos inovadores desenvolvidos por startups portuguesas. No caso do GPJ, nasceu de uma colaboração entre a Genesis.studio e a Microsoft, que já há anos que apoia a OpenAI, a empresa criadora do ChatGPT.

O projecto foi desenvolvido no Hub da Justiça, uma incubadora de inovação que junta serviços e organismos do setor público, academia e sociedade civil.

ZAP //

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