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Militares portugueses a caminho do Kosovo para apoiar refugiados afegãos

António Cotrim / Lusa

Um contingente de 11 militares portugueses, dos três ramos das Forças Armadas, partiu para o Kosovo, esta sexta-feira, para selecionar e recolocar refugiados afegãos, numa operação da NATO que durará cerca de dois meses.

“Os militares portugueses vão cooperar com forças de outras nações, no campo Bechtel, um alojamento temporário onde se está a efetuar a operação de apoio aos cidadãos civis afegãos evacuados de Cabul e que aguardam oportunidade para serem recolocados em países de acolhimento”, adianta o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), numa nota.

De acordo com as Forças Armadas, o destacamento de Cooperação Civil-Militar (CIMIC) integrará a task force da NATO, durante uma operação de até 90 dias.

Além de colaborarem com a NATO, os militares portugueses estabelecerão contacto com organizações não-governamentais (ONGs) e organizações internacionais no campo Bechtel, por forma a identificar as necessidades e ajudar os refugiados afegãos.

O EMGFA esclareceu que o destacamento militar partiu desde a Base Aérea N.º 6, no Montijo (Setúbal), às 07h00 de sexta-feira, numa aeronave C-130.

“Estes refugiados estão em trânsito, essencialmente de países do Médio Oriente. Saíram de Cabul através daquelas operações que vimos na semana passada e neste momento estão em trânsito para a Europa“, explicou à RTP o tenente-gereral Marco Serronha.

“Será essencialmente uma operação para proporcionar as condições mínimas e básicas de vida, antes de terem o seu destino final como refugiados nos diversos países europeus”, acrescentou, explicando que vai ser dado “apoio médico-sanitário” e “apoio psicológico”.

A vitória dos talibãs no Afeganistão desencadeou uma operação das forças internacionais que permitiu retirar do país mais de 100 mil estrangeiros e afegãos a partir do aeroporto de Cabul.

Com a capital afegã controlada pelos talibãs, a operação foi marcada pelo desespero de milhares de afegãos a querer fugir do país e por ataques do Estado Islâmico, incluindo um atentado bombista que matou cerca de 200 pessoas.

ZAP // Lusa

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