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Milionário norte-americano Robert Durst condenado por matar melhor amiga

Pool / Getty Images / AFP

Robert Durst

O milionário norte-americano Robert Durst, tornado famoso por um documentário do canal HBO, foi condenado na sexta-feira num tribunal de Los Angeles, nos Estados Unidos, por matar a melhor amiga, um crime que remonta a 2000.

O excêntrico milionário de 78 anos, que arrisca prisão perpétua quando a sentença for lida, em 18 de outubro, foi condenado pelo homicídio em primeiro grau de Susan Berman (o equivalente a homicídio qualificado), segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

Berman foi encontrada morta na sua mansão de Beverly Hills, com um tiro na cabeça, depois de ter sido interrogada pela polícia sobre o desaparecimento da primeira mulher de Robert Durst, Kathleen McCormack.

Kathleen desapareceu sem deixar rasto em 1982, depois de manifestar o desejo de se divorciar do marido, num caso ainda por esclarecer.

A tese da acusação é que Robert Durst teria acabado por matar Susan Berman para a impedir de denunciar o caso à polícia de Nova Iorque.

O milionário, que se declarou inocente, foi detido em março de 2015, na véspera da transmissão do último de seis episódios de um documentário sobre a sua vida, exibido pela HBO, intitulado “The Jinx: The Life and Deaths of Robert Durst”.

O documentário inclui as declarações de Robert Durst em que, a falar sozinho na casa de banho, com o microfone sem fios a gravar, admite ter matado três pessoas: “O que é que eu fiz? Matei-os a todos, é claro“.

Herdeiro de uma família de Nova Iorque que enriqueceu com negócios no imobiliário, Durst está na mira da justiça há mais de três décadas, por ser considerado suspeito de crimes ainda por resolver.

“The Jinx” revisitou outro episódio sangrento na vida do milionário: o homicídio de um vizinho, que depois teria desmembrado e atirado ao mar, numa tentativa de fazer desaparecer o corpo.

Na altura, Durst fugiu para o Texas, vivendo num pequeno apartamento, disfarçado de mulher e fingindo ser mudo.

O milionário acabaria por ser absolvido do crime, graças a uma equipa de advogados de luxo, que alegaram uma combinação de autodefesa, disparo acidental e embriaguez.

Durante o julgamento pela morte de Susan Berman, o procurador garantiu que havia “uma montanha de provas” contra Durst, responsável, segundo a acusação, por três homicídios.

É um triplo homicida que conseguiu escapar até hoje a qualquer responsabilidade”, acusou.

O julgamento de Robert Durst começou em março de 2020, após um longo processo, em Los Angeles.

// Lusa

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