Si a la Vida. Manifestação contra o aborto leva 60 mil às ruas em Madrid

Juan Carlos Hidalgo / EPA

Manifestação “Sim à vida” contra o aborto, em Madrid

A capital espanhola foi o palco do protesto contra o aborto. Em Espanha, a interrupção voluntária da gravidez é possível durante as primeiras 14 semanas de gestação.

Segundo o El País, cerca de 40 mil pessoas manifestaram-se este domingo no centro de Madrid contra a interrupção voluntária da gravidez, autorizada em Espanha durante as primeiras 14 semanas de gravidez.

Entoando palavras de ordem como “Sim à vida” e “Juventude Unida lutando pela vida”, os manifestantes marcharam da rua Serrano até à Porta de Alcalá, onde lançaram centenas de balões verdes “em memória dos não nascidos”, nas palavras dos organizadores.

De acordo com a lei espanhola, votada em 2010, as mulheres podem fazer a interrupção voluntária durante as primeiras 14 semanas de gravidez, um atraso na média de outros países europeus.

O Partido Popular (PP) lançou, em 2013, um projeto de reforma para restringir o aborto a alguns casos limitados, mas a controvérsia que se seguiu, levou os conservadores a retirarem o projeto.

O número dois do PP, Teodoro García Egea, juntou-se à manifestação para defender “a vida, a maternidade, o futuro da Espanha, o futuro das famílias”, como disse aos jornalistas.

Os partidos de esquerda continuam a defender o direito à interrupção voluntária da gravidez. O líder do PP, Pablo Casado, já propôs um retorno à legislação mais restritiva da década de 1980. Por sua vez, o partido Vox, de extrema-direita, que, segundo as sondagens, entrará no parlamento nacional pela primeira vez nas próximas legislativas, propõe que o aborto seja excluído do sistema público de saúde.

As eleições legislativas estão previstas para 28 de abril, e as sondagens dão a vitória aos socialistas do PSOE, do atual chefe de Governo, Pedro Sánchez, mas o PP, o Cidadãos e o Vox, juntos, podem somar lugares suficientes para formar uma coligação.

// Lusa

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