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Milhares de estudantes saíram à rua e gritaram pelo ambiente. “Não há planeta B”

Milhares de estudantes caminharam ontem desde o Largo Camões até à Assembleia da República, em Lisboa, num protesto para exigir dos políticos ações contra as alterações climáticas e no qual gritam que “não há planeta B”.

O mesmo manifesto estudantil estendeu-se a várias cidade de norte a sul do país. Em Coimbra, por exemplo, juntaram-se de mil estudantes junto à Câmara Municipal, apelando a políticas contra as alterações climáticas, pois estão “fartos de blá blá blá”.

Empunhando cartazes onde se lê “A Terra esgotou a sua paciência e nós também”, “Justiça climática já”, ou ainda “Estado de Emergência”, os jovens desfilaram e gritaram em Lisboa palavras de ordem entre as quais a mais reclamada é: “Não há Planeta B”.

Entre as várias mensagens espalhadas ao longo da marcha encontram-se também cartazes com palavras em inglês como por exemplo “We are skipping our lessons to teach you one (estamos a faltar às aulas para te dar uma [aula].

Pelas 11:45, os estudantes chegaram à Assembleia da República onde se concentraram num protesto ruidoso. António Tonga, 25 anos, um dos muitos estudantes que ontem se associou ao protesto protesto disse à Lusa que o problema das alterações climáticas está a tornar-se secundário “temos de olhar para as alterações climáticas como um problema incontornável que vai boicotar o futuro de todos, por isso pedimos a ajuda dos políticos para resolver um problema que já devia ser resolvido há muito tempo”.

Não podemos ter o futuro hipotecado, temos de salvar o planeta”, retorquiu.

Também Mónica Vicente de 21 anos, que foi de Aveiro até Lisboa com os amigos para estar presente no desfile em defesa do clima, afirmou à agência que se tem “de mudar a forma como se trata o planeta, isso só se muda se mudarmos o sistema capitalista”.

Esta greve estudantil mundial tem como lema “fazer greve por um clima seguro” e culmina uma série de manifestações semanais iniciadas no ano passado pela jovem sueca Greta Thunberg, 16 anos, nomeada para o prémio Nobel da paz.

Em Portugal decorreram durante o dia de ontem protestos em mais de 20 cidades.

ZAP // Lusa

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