Pouca gente sabe, mas a cidade de Miami, no estado da Flórida, nos Estado Unidos da América (EUA), foi construída em cima da antiga civilização indígena “Tequesta”. A urbanização rápida e descontrolada ameaça sítios arqueológicos importantes, mas, até hoje, ativistas de tribos resistentes lutam para preservar o legado histórico da ‘Stonehenge americana’.
Miami, famosa pela sua vida noturna irreverente e praias muito animadas tem um passado indígena surpreendentemente rico, denunciado por descobertas arqueológicas recentes.
Apesar de ser uma das cidades mais recentes dos EUA, foi construída sobre as terras da antiga civilização Tequesta, que habitou o sudeste da Flórida desde cerca de 500 a.C. até meados do século 18.
Os Tequesta estabeleceram-se perto do rio Miami e da Baía de Biscayne, formando uma próspera sociedade costeira.
Mas, além dos Tequesta, a Flórida é terra ancestral dos povos Seminole e Mikasuki. Os Mikasuki, parte da nação Creek, migraram para a Flórida antes de a região ser dos EUA.
Como conta a BBC, logo após a Lei de Remoção de Indígenas de 1830, cerca de 100 pessoas refugiaram-se nas Everglades da Flórida.
Osceola, ativista ambiental e membro dos Mikasuki, conduz hoje passeios pela região, mostrando o passado indígena de Miami: “Esforçamo-nos para mostrar às pessoas a beleza e a importância dos Everglades, da nossa cultura e fazer com que saibam que ainda estamos aqui“.
Mas, apesar dos esforços, o passado indígena de Miami continua a ser frequentemente ignorado.
Osceola lamentou, à BBC, que as pessoas, “quando visitam Miami, desconheçam que povos indígenas tenham vivido lá ou que vivam atualmente na área, a menos que visitem o Miami Circle” – um sítio arqueológico descoberto recentemente no coração da cidade, mas que é muitas vezes confundido com um parque para cães.