Sekisui Chemical
A aposta do Japão na energia renovável acaba de dar um salto qualitativo com a criação de um superpainel solar que, segundo as estimativas oficiais, poderá alcançar os 20 gigawatts de potência — o equivalente à produção energética de 20 reatores nucleares.
Este avanço apoia-se no uso de células solares de perovskite, uma tecnologia emergente que se destaca pela sua flexibilidade e facilidade de integração em espaços urbanos.
A perovskite, um mineral conhecido pelas suas propriedades de absorção de luz e estabilidade térmica, tem sido apontada como o novo Santo Graal da energia solar.
Face às limitações dos tradicionais painéis de silício, as novas células de perovskite permitem a sua instalação em múltiplas superfícies, desde fachadas envidraçadas até candeeiros de rua ou veículos.
Esta capacidade de adaptação torna-as numa solução eficaz em países com alta densidade populacional e escassa disponibilidade de solo, como é o caso do Japão, explica o El Confidencial.
A iniciativa faz parte do sétimo plano energético do Governo japonês, que estabelece como prioridade alcançar os 20 gigawatts de capacidade instalada com esta tecnologia no ano de 2040.
O Japão procura com este projeto avançar atingir zero emissões líquidas em 2050 e, simultaneamente, reforçar a sua independência energética através de uma cadeia de abastecimento nacional baseada na sua posição como segundo produtor mundial de iodo.
Além da sua aplicação em habitações e edifícios, as células de perovskita podem integrar-se em sistemas híbridos que combinem energia solar e eólica, otimizando a produção elétrica.
Embora a tecnologia ainda enfrente desafios relacionados com a sua durabilidade e custo, espera-se que o seu preço se reduza para cerca de 60 euros/kw nas próximas duas décadas, o que facilitaria a sua adoção comercial.
Desde o acidente de Fukushima, em 2011, o Japão acelerou a transformação da sua matriz energética. A participação da energia solar passou de 1,9% em 2014 para cerca de 10% na atualidade.
E se verificassem as vossas fontes, antes de publicarem scam? A potência de incidência solar é de 1kW/m^2 no máximo, ao meio-dia e com um azimute de 90º, ou seja, no equador.
Para conseguir 20GW (20000kW) teríamos de ter um painel com 100% de eficiência e com 20 km^2
Este artigo é uma lástima. Quem não está dentro do assunto e lê, julga que descobriram o Santo Gral energético.
Jornalismo de beira de estrada.
As células solares de Perovskite estão a ser investigadas por todo o mundo, inclusive Portugal. O Japão não tem nenhuma vantagem especial no tema relativamente à Europa, China ou USA. Este tipo de células consegue atingir eficiências semelhantes às do silício, mas ainda sofrem de problemas de estabilidade.