México 0-0 Polónia | Pouco futebol e guardiões mãos de ferro

EPA/Rungroj Yongrit

México vs Polónia na Fase de Grupos do Mundial de 2022

Num jogo em que as duas equipas pareceram ter mais medo de perder o que vontade de ganhar na estreia no Mundial 2022, os remates escassearam, em especial na primeira parte.

O México até foi a formação que mais dominou, mas a que mais perto esteve e marcar foi a Polónia. Só que Lewandowski, na transformação de uma grande penalidade, viu Ochoa negar-lhe o golo com uma grande defesa e o nulo persistiu. Um ponto para cada lado e, ao fim da primeira jornada, quem lidera o Grupo C é… a Arábia Saudita.

Primeiro tempo com a bola quase sempre longe das duas balizas (apenas 13 ações com bola nas grandes áreas no total) e sem registo de lances de perigo. Só um remate na direção do alvo, praticamente em cima do intervalo e para o México, que foi ainda assim a equipa que mais procurou quebrar o bocejo que foram os primeiros 45 minutos, dominando a posse de bola e passando mais tempo no meio-campo polaco.

Wojciech Szczęsny defendeu sem dificuldade esse único disparo bem direcionado e era ele mesmo o melhor em campo ao fim da primeira parte com duas saídas eficazes pelo ar e quatro passes longos acertados em seis tentados, além dessa defesa.

As coisas ficaram um bocadinho – pouco – mais interessantes no segundo tempo, que começou na mesma toada, mas teve um raro momento de animação quando Lewandowski foi derrubado na grande área mexicana perto da hora de jogo. Oportunidade para o agora avançado do Barça deixar a sua marca no encontro. Só que quem brilhou foi o “eterno” Ochoa na baliza do México, com uma defesa fantástica. Logo a seguir foi Szczęsny a brilhar na outra baliza e pensou-se que a última meia-hora seria de maior agitação.

Puro engano. Os lances nas grandes áreas voltaram a escassear (ao todo o jogo teve apenas quatro remates enquadrados do México e dois da Polónia) e o segundo nulo do dia no Mundial (depois do Dinamarca-Tunísia) aconteceu mesmo.

Melhor em Campo: Wojciech Szczęsny

Num jogo em que as duas seleções não criaram muito em termos ofensivos, o guarda-redes da Polónia manteve-se como melhor em campo até ao final dos 90 minutos totalizando quatro defesas, duas das quais em remates feitos dentro da sua grande área. Além disso, continuou a mostrar eficácia no capítulo do passe, falhando apenas três dos 14 passes longos que tentou.

Destaques do México

Hirving Lozano (6.9) – O jogador do Nápoles foi dos poucos que tentaram conferir alguma animação ao jogo: foi quem mais passes valiosos fez (sete), quem mais cruzamentos tentou (11) e quem mais dribles arrancou (quatro, dos quais três foram bem-sucedidos). E também ajudou a defender, com cinco desarmes.

Guillermo Ochoa (6.7) – Se Szczęsny esteve em evidência na baliza da Polónia, Ochoa também esteve em destaque na do México. Foi, claro, decisivo ao defender o penálti de Lewandowski, numa das duas defesas que teve de fazer no jogo, e esteve perfeito na colocação da bola nos seus colegas, sempre com passes curtos, não falhando um único.

Destaques da Polónia

Kamil Glik (6.3) – O veterano defesa central de 34 anos, que atua no Benevento, da Serie B italiana, liderou o jogo em termos de alívios, com seis, e a eles somou ainda duas recuperações de posse, um remate bloqueado e uma intercepção, mostrando consistência no centro da defesa polaca.

Robert Lewandowski (5.7) – A estrela da companhia da Polónia fica na história do jogo pelo penálti falhado e continua sem marcar em Campeonatos do Mundo. Fez mais um remate (desenquadrado), mas lutou na frente, ganhando oito dos 12 duelos aéreos ofensivos que travou e fez ainda dois passes para finalização. Contudo, foi quem mais bolas perdeu no jogo (20, seis das quais devido a maus controlos do esférico).

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