A maioria dos millennials acredita que é muito provável ocorrer um ataque nuclear nos próximos 10 anos, revelou um inquérito da Cruz Vermelha Internacional, num sinal de que a visão dos adultos mais jovens sobre o futuro global é muito sombria.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha, uma organização humanitária mundial, realizou, no ano passado, um inquérito a 16 mil millennials (adultos entre os 20 e os 35 anos) no Afeganistão, Colômbia, França, Indonésia, Israel, Malásia, México, Nigéria, Territórios da Palestina, Rússia, África do Sul, Síria, Suíça, Reino Unido, Ucrânia e Estados Unidos (EUA).
Segundo noticiou o Diário de Notícias, com base nos resultados divulgados, “mais da metade dos millennials – 54% – acredita que é provável que ocorra um ataque nuclear na próxima década”. Cerca de 47% acreditam ainda que vão ver a Terceira Guerra Mundial, enquanto 46% não.
Na Malásia, os entrevistados apresentaram a maior probabilidade de temer que um dispositivo nuclear seja acionado em breve, enquanto os sírios são os menos propensos a preocuparem-se com tal desfecho.
Contudo, acreditam que as armas nucleares eram as menos preocupantes entre as 12 questões diferentes que foram solicitadas a classificar. A corrupção ficou no topo da lista, seguida do desemprego e do aumento da pobreza.
As respostas do inquérito levaram o presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, a reagir. “Fatalista, esperançoso, preocupado e incerto. Não é provável que as coisas fiquem mais fáceis para a geração do milénio: vive num mundo em que as guerras estão a tornar-se cada vez mais complexas”, escreveu sobre os resultados.
Um inquérito do Fórum Económico Mundial, de janeiro de 2018, com mil líderes de governo, empresas e outras indústrias, identificou a guerra nuclear como uma das principais ameaças.