Messi e o seu pai já tinha sido condenados em 2016 por fraude fiscal. Agora, e segundo novos dados dos Panamá Papers, a sociedade offshore em causa continua ativa – ao contrário do que disse Messi -, motivando ainda uma investigação por “operações suspeitas”.
Lionel Messi e o pai, Jorge Horacio, foram condenados por três crimes fiscais. Na sentença, foram condenados a 21 meses de prisão e uma multa de 3,5 milhões de euros, relativo a um processo de tributação de direitos de imagem. A pena suspensa foi depois reduzida para 15 meses e 1,4 milhões de euros.
Segundo avança o El Confidencial, a investigação Panamá Papers revelou em 2016 que os representantes de Messi deram um ordem de aquisição para uma sociedade naquela país da América Latina, no dia seguinte à denúncia da Procuradoria de Barcelona. A Mega Star Enterprises Inc foi comprada em junho de 2013 e inscrita no Registo Público do Panamá. Agora, a mesma investigação mostrou que a Mega Star continua no ativo.
No dia seguinte da publicação, Messi afirmou que “a sociedade a que estas informações se referem está completamente inativa e nunca teve fundos nem contas correntes abertas”.
Os advogados do futebolista do Barcelona explicaram ao jornal espanhol que esta sociedade fazia parte “de uma história antiga”. O El Confidencial avança ainda que em 2017 o Panamá abriu uma investigação por “operações suspeitas” daquela sociedade.
De acordo com o Diário de Notícias, a Unidade de Análise Financeira para a prevenção do branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo do Panamá emitiu em fevereiro do ano passado um relatório de operação suspeita sobre a sociedade Mega Star.
Alegadamente, Messi e o pai terão continuado a usar a mesma composição e estrutura societária offshore registada em diversos países nos exercícios fiscais de 2010 a 2013, não sendo por isso julgado, pois chegaram a acordo com as Finanças espanholas.
El Confidencial é um jornal espanhol que faz parte do International Consortium of Investigative Journalists, tendo apontando para documentos da Mossack Fonseca – a firma de advogados de onde veio a fuga de informação daquilo que viriam a ser os Panamá Papers e que, em 2016 renunciou ao cargo de agente registado da Mega Star Enterprises – que o comprovam, e para a confirmação no Registo Público do Panamá.