Com medo de serem prejudicados se pedirem férias, muitos millennials nos Estados Unidos recorrem às “férias silenciosas”.
Um número significativo de trabalhadores norte-americanos não está a utilizar plenamente o seu tempo livre remunerado, de acordo com um novo inquérito da Harris Poll a 1170 trabalhadores.
O inquérito revelou que 78% dos trabalhadores americanos deixam alguns dos seus dias de folga por utilizar. Esta tendência é mais acentuada entre os profissionais mais jovens, em particular os trabalhadores da Geração Z e os millennials.
Os trabalhadores mais jovens, especialmente os da Geração Z e da geração do milénio, afirmam sentir-se pressionados a cumprir prazos e a manter elevados níveis de produtividade, o que os torna hesitantes em pedir uma folga.
Libby Rodney, diretora de estratégia da The Harris Poll, refere que muitos jovens trabalhadores receiam ser vistos como preguiçosos se tirarem férias, o que os leva a evitar pedir formalmente dias de folga, explica a CNBC.
No entanto, isto não significa que não estejam a fazer pausas. Em vez disso, estes trabalhadores fazem frequentemente “férias silenciosas”, ou seja, tiram férias sem informar as chefias. Os millennials, em particular, são adeptos de encontrar formas discretas de fazer pausas, como não notificar os seus chefes sobre as folgas, mover o rato para parecerem ativos nas plataformas de trabalho e agendar mensagens fora do horário normal para fingir que estão a trabalhar horas extraordinárias.
Rodney descreve uma “cultura gigante de soluções alternativas”, em que os millennials procuram o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal nos bastidores, em vez de abordarem abertamente a necessidade de folgas. Esta prática contrasta com a dos trabalhadores da Geração Z, que são mais vocais contra o estigma do pedido de folga. O fenómeno das “férias silenciosas” permite que os trabalhadores façam as pausas sem arriscarem a sua reputação profissional.
Para atenuar este problema, os empregadores podem adotar várias medidas, como comunicar claramente o processo e as expectativas relativamente ao pedido de férias, implementar políticas que exijam que os trabalhadores tirem uma determinada quantidade de dias de férias.
O feedback mais amplo do inquérito sugere que muitos americanos apoiam a adoção de leis laborais de estilo europeu que imponham limites mais claros entre o trabalho e o tempo pessoal. Estas incluem políticas de férias alargadas, intervalos de almoço mais longos, semanas de trabalho mais curtas e regulamentos que protegem contra expectativas de resposta imediata fora do horário de trabalho.
E assim lixam a vida aos que trabalham e querem tudo bem esclarecido. Mas pronto, os CEOs gostam deles. Força nisso: os cotas não prestam, são uns malandros. Estes é que são bons! Há por aqui alguns que nem falam com colegas. Parecem bichos do mato. Geração WhatsApp, é tudo por mensagem. Mas com uns narizes empinados que nem imaginam!
Se os obrigassem a ir para os escritórios isto não era uma questão..
Sim