Medina deverá ser constituído arguido após buscas na CML. Ministro desmente alegações

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Tiago Petinga / Lusa

Fernando Medina

Ministro das Finanças negou qualquer envolvimento e justificou a contratação de Joaquim Morão com a sua experiência. 

Fernando Medina deverá ser constituído arguido por alegado envolvimento em crimes de participação económica em negócio e abuso de poder.

Em causa está uma denúncia no âmbito do caso de viciação das regras da contratação pública, mais precisamente de Joaquim Morão para a gestão de obras públicas na autarquia de Lisboa.

Segundo a CNN Portugal, o Ministério Público está a investigar o angariamento de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros para o financiamento ilícito do PS, nomeadamente através de “sacos azuis“.

O MP suspeita que a contratação de Morão aconteceu através de um esquema de convites fictícios a duas empresas de amigos. A denúncia do envolvimento de Fernando Medina terá acontecido pelo próprio Joaquim Morão, durante os interrogatórios.

De acordo com um comunicado enviado às redações, o atual ministro da Finanças negou quaisquer alegações, as quais, “a existirem, são totalmente falsas“. Anteriormente, Fernando Medina também havia rejeitado todas as suspeitas que sobre ele recaíam, justificando a contratação com a experiência do socialista.

“As razões que levaram à contratação de Joaquim Morão estão expressas no despacho que assinei em 2015, numa altura em que a Câmara de Lisboa estava a realizar muitas obras — alguns até me acusavam de fazer obras a mais.”

Na mesma declaração, o membro do Governo assumiu que a contratação, por ajuste direto, era uma escolha sua e afirmou não ter “conhecimento de qualquer investigação em curso”. Medina acrescentou ainda ter solicitado à Procuradoria-Geral da República para ser ouvido no processo, o que ainda não aconteceu.

“Até agora nunca fui ouvido e desconheço qualquer processo, só faço fé do que oiço na comunicação social. Não tenho mais nada a fazer do que pôr-me à disposição do Ministério Público”, disse na altura. Agora, a sua colaboração com o Ministério Público deverá mesmo acontecer, mas na condição de arguido.

ZAP //

12 Comments

  1. Eu não entendo como há quem defenda este politiqueiros (sejam eles do PS ou PSD). Está visto que é tudo o mesmo. Apenas interessa o próprio bolso… os portugueses que se lixem.

  2. Já são muitas trapalhadas e esquemas pouco claros em que este homem está envolvido. Foi a compra da casa dele e a venda da que tinha e posteriores aquisições a uma empresa de construção civil, foi a tentativa de nomeação do assessor, a contratação da empresa do filho daquele que seria assessor, a comunicação dos dados dos manifestantes á Rússia, Venezuela Coreia do Norte…, o processo TAP, toda a corrupção na CML atualmente a ser investigada pelo ministério público, a aquisição de serviços de gestão de obra a uma empresa de Castelo Branco num processo de consulta em que as 3 empresas eram de Castelo Branco (isto é de Lisboa Castelo Branco não há empresas de gestão de obra)…E este senhor diz sempre que não tinha conhecimento. Penso que ninguém acredita, e a ser verdade então teria de se questionar a sua competência. Como é que não poderia ter conhecimento de tanta coisa? É assim tão distraído?!

  3. Isto cada dia é mais um caso , não há um no PS que se safe, com isto deviam investigar todos do PS sejam Presidentes de Camara ou Junta ou Ministros ou Deputados, não vão encontrar um que não tenha casos de corrupção , está lhes no sangue

    • É o ADN do PS. Parece que tem que se ser corrupto para representar o partido. Façam nele uma purga para limpar (como na Igreja) esta gente sem caráter, sem ética e sem vergonha. O pior é que pouca gente sobraria.

  4. Porque não investigam todos os outros…..
    Santana Lopes- Cavaco Silva ( Casa da Coelha e obras em Lisboa sem factura para não pagar IVA)-Passos Coelho (trabalhava, cobrava, mas não pagava SSocial)-Montenegro etc.etc.

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