“Acabou o facilitismo na imigração”: Governo anuncia medidas que não pode aplicar

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RODRIGO ANTUNES/LUSA

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Ministro Leitão Amaro disse que Portugal passou a ter a porta “escancarada” por causa dos sucessivos Governos liderados por António Costa.

Agora, “acabou o facilitismo na imigração em Portugal”.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, responsabilizou o anterior Governo socialista por uma política de “descontrolo” no regime de entrada de estrangeiros, que permitiu a quadruplicação do número de imigrantes em sete anos.

Os dados divulgados indicam um número estimado de 1,6 milhões de estrangeiros em Portugal no final de 2024 e em sete anos, a percentagem de imigrantes passou de quatro para “15 por cento da totalidade da população”, afirmou o ministro, salientando que estes dados são consistentes com outros dados estatísticos dos serviços públicos.

“Foi uma mudança muito rápida” e a “maior alteração demográfica a que assistimos nas nossas vidas”, afirmou Leitão Amaro, acusando o Governo PS de uma “irresponsabilidade que gerou uma grande desumanidade” junto daquelas populações, porque os serviços públicos não conseguiram acompanhar o aumento da procura.

“É importante que o país conheça e discuta esta transformação” demográfica, “porque o Partido Socialista mudou a lei da imigração” e “escancarou a porta” de Portugal, disse Leitão Amaro.

Hoje, a segurança social recebe muito mais verbas do que paga em prestações sociais, mas esse impacto a “longo prazo é incerto” para as contas portuguesas, salientou o governante.

Por outro lado, surgiram em Portugal “pessoas com diferentes culturas, línguas e religiões”, que aumentaram a diversidade do tecido social, mas esse “crescimento muito rápido da imigração pode ser uma fonte de intranquilidade nas comunidades”.

Por isso, este executivo assumiu como compromisso “acabar com a imigração descontrolada”, optando por uma “imigração regulada com humanismo”.

“Não seguimos os radicais com as portas escancaradas”, nem os “populistas que querem as portas fechadas”, afirmou, salientando que, hoje, a “prioridade da migração é para quem vem com contrato de trabalho, quem vem para trabalhar e com condições”.

Na segunda-feira, centenas de imigrantes, a maior parte do subcontinente indiano concentraram-se junto à sede da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) a contestar a falta de resposta aos pedidos pendentes.

Leitão Amaro reconhece que muitos imigrantes “não foram bem tratados pelo Estado português”, porque o Governo socialista “destruiu o serviço de imigração” e “ficaram perto de um milhão de pessoas à espera de resposta”, entre a AIMA e o IRN.

Medidas, mas não para já

Nesta conferência de imprensa, o ministro anunciou seis medidas novas – apresentadas como “contributos”.

No entanto, como lembra o Observador, este Governo em gestão não pode aplicar essas medidas. Pode ser um Governo que quer mostrar a Portugal e à Europa que é “firme e moderado” ao mesmo tempo (disse Leitão Amaro) mas um Governo em gestão tem poderes limitados.

Só há uma medida que é aplicada agora, e que já estava a ser tratada: os dois centros de detenção temporária vão avançar.

O resto ficará para o próximo Governo, se as quiser aplicar: nova polícia de fronteiras, regime mais rápido de afastamento de imigrantes ilegais, alterar canais de entrada para cidadãos da CPLP, mais controlo sobre a emissão de atestados de residência pelas juntas de freguesia, e alterar a Lei da Nacionalidade.

ZAP // Lusa

17 Comments

  1. Desde 2012 que estão a ser deslocados Estrangeiros para Portugal sem qualquer critério ou justificação tendo esse processo sido iniciado pelo XIX Governo liberal/maçónico do dr. Pedro Coelho e continuado pelos Governos liberais/maçónicos do dr. António Costa e dr. Luís Esteves, o dr. António Amaro ao afirmar «…acabou o facilitismo na imigração em Portugal…» está simplesmente a tentar atirar areia para os olhos dos Portugueses.
    Agora que o regime já deslocou uma grande quantidade de Estrangeiros para Portugal e com a crise política provocada pelo Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, em conjunto com a dr.ª Lucília Gago, o claro objectivo do primeiro em forçar eleições é ver se já existem Estrangeiros suficientes para substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção, a isso se chama fraude eleitoral através da importação de eleitores/votantes.
    «…Pretende-se legalizar mais 600.000 imigrantes até março, quase mais 6% da população portuguesa. Com que critério? Com que objetivo? Com que necessidade?…» – Presidente Rui Rio (https://x.com/RuiRioPT/status/1718707495571538399)

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  2. A mesma esquerda que clama em defesa do SNS e do direito à habitação foi, paradoxalmente, a que mais contribuiu — como poucas vezes se viu — para o agravamento do custo da habitação e para a degradação da capacidade de resposta do SNS.

    Porquê? Por via demográfica. Ao promover um aumento abrupto da população num curto espaço de tempo, tornaram inevitáveis a escalada dos preços da habitação (lei da oferta e da procura) e a sobrecarga nos serviços de saúde.

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    • Há grande diferença. Nem mais que não seja o PS é partido da ganância do poder, onde nada faz e ainda é o protagonista de 3 bancarrotas e um pântano político.

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  3. Em Portugal, é tradição dos políticos portugueses não reconhecerem e não valorizarem a DEFESA NACIONAL portuguesa como função Constitucional de soberania, de segurança e económica estratégica do Estado de direito de democracia. A minha ideia é a seguinte: UM REFERENDO SOBRE A RAZÃO DE SER DO SERVIÇOS MILITAR OBRIGATÓRIO EM PORTUGAL seria uma excelente decisão política e coletiva. Outra coisa é: A questão fundamental de sobrevivência estratégica para o Portugal Democrático é a seguinte: Quais devem ser as atribuições legais e qual deve ser a missão das Forças Armadas em território português? Qual o Papel das Forças Armadas portuguesas num contexto da necessidade do “Estado de Sítio” em caso de ameaça interna ou ameaça externa grave? Qual o Papel das Forças Armadas portuguesas num contexto de Catástrofes Naturais (i.e., incêndios, inundações, tsunamis, terramoto/sismo, etc.), Nucleares e Bioquímicas em território português – nomeadamente evacuação de aldeais, de povoações e de pessoas, defesa de perímetro de segurança militar, zonas restritas, implantação de instalações militares , de proteção civil e de emergência médica e hospitalar em situações de guerra ou catástrofes. MUITA GENTA NÃO SABE, mas, o SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (SNS) de Portugal, também tem uma Função Constitucional de Soberania, de Defesa e de Segurança dos residentes em território português no contexto da Organização e Funcionamento da REDE DE EMERGÊNCIA MÉDICA, PROTEÇÃO CIVIL, BUSCA E SALVAMENTO DE VIDAS HUMANAS em Terra e no Mar no contexto de GUERRA, CATÁSTROFES NATURAIS, PANDEMIAS, ACIDENTES RODOVIÁRIOS, FERROVIÁRIOS, AÉREOS E NAUFRÁGIOS NO MAR. O SNS tem na sua génese e na base Constitucional uma verdadeira Função de Soberania, de Existência da Vida Coletiva e de Sobrevivência de um Estado de Direito em democracia com valores humanitários e princípios democráticos universais (i.e. O BEM JURÍDICO COMUM – A PROTEÇÃO DA VIDA HUMANA) .

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  4. Era tudo à boa laia socialista. É um partido muito tempo no poder mas falta-lhes sempre geito e saber para impulsionar o desenvolvimento do país. Em vez disso são já três bancarrotas, pobreza e um pântano. Agora com o radical que está lá, o geito e a predisposição, são ainda piores e levariam a um trajeto negro e sem esperança.

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  5. Portugal,desde o sec XIV,foi um pais de muitas e desvairadas gentes.

    Não me parece terem perguntado aos escravoss africanos se tinham passaporte,se era de sua livre vontade serem trazidos como gado para o País da Europa, que servia de porta giratória.
    Curioso..ainda esta semana,a nata do empresariado pedia a vinda URGENTE de 110 000 emigrantes,sob pena de colapso da
    construção civil..agricultura e hotelaria.

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  6. Quando tenho um problema de saúde, obtenho uma consulta de imediato. no privado, enquanto no SNS teria que estar à espera meses ou anos. Porque não se arranja uma fórmula entre o SNS e o privado para haver atendimento imediato? Ah, já sei: é porque há um complexo ideológico das esquerdas. E o cidadão que lixe. Que espere se quiser. E quantos morrem assim.

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  7. O ministro Leitão Amaro está preocupado com o humanismo devido aos imigrantes? Ele devia sim estar preocupado com o humanismo devido aos cidadãos nativos portugueses. Os imigrantes, estando ilegais, era retornarem à pátria de origem, pelos próprios meios, que os contribuintes nacionais não têm de sustentar esses custos. E os já legalizados, verificar a sua necessidade e de como estarão integrados, pois a sua legalização terá sido ad-hoc.

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  8. Será que não conseguimos aprender com a Suíça? Só vai para lá trabalhar quem tem contrato de trabalho. Será assim tão difícil. Já começou a política da esquerda que diz que vai dar tudo e mais alguma coisa. Estão sempre a dizer disparates só para enganar o Zé Povinho.

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  9. Via Verde para a imigração, está tudo dito pelo PS2.
    Gostava de saber quantas nacionalidades Portuguesas distribuímos desde 2015 (suponho que perto de 1 milhão).
    Alguém me consegue dizer?

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  10. NÃO CONSTA que a Suíça tenha sido um país de colonizadores! Nós que chegámos longe, implantámos uns padrões e dissemos : isto é nosso ! E escravizamos as populações autóctenes obrigando-os a aceitar os nossos costumes não me parece justo fecharmos as portas a quem vem fazer os trabalhos que os portugueses não querem fazer! Sejamos sensatos!!Afinal os empresários ainda clamam por mais !!<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<1

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  11. Há pessoas que acedem rapidamente ao privado,, quando têm qualquer problema de saúde, talvez porque tenham um óptimo seguro ou uma avultada conta bancária ! A maior parte das famílias portuguesas mal tem recursos s para se alimentarem dignamente e medicarem como necessitam. Mas que se lixe! Desde que nós estejamos bem, que interessa isso!!!! Resumem a preocupação com situações como esta à dicotomia: esquerda e direita!! Acho que já estão baralhados como o trinta e um e talvez alguém os tenha baralhado!!! Enfim é o que há, não podemos exigir mais.

  12. Espero que cumpram o que estão a prometer aos portugueses sobre a imigração. Acabar com a porta aberta, e verificar os que cá entraram sem ser convidados. Se não estiverem legais e o pais não precisar deles, por favor, encaminhem-nos para os seus países, nós já não aguantamos mais.

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