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Medicamento à venda nas farmácias pode ser perigoso

SXC

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Portugal, em conjunto com outros países da Europa, está a acompanhar o caso de possíveis reações adversas a um medicamento para a esquizofrenia mas o mesmo continua à venda, informou hoje fonte oficial.

O medicamento em causa, Xeplion, pode ter causado até 17 mortes no Japão desde novembro do ano passado, informou hoje a unidade japonesa da farmacêutica internacional Janssen Pharmaceuticals.

Contactada pela Agência Lusa a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) disse ter sido notificada de uma reação adversa ocorrida em Portugal com a substância ativa, em 2013, durante um ensaio clínico (manifestada através do agravamento da doença).

“O Infarmed e as restantes agências europeias encontram-se, em articulação com a EMA (Agência Europeia do Medicamento), a acompanhar este caso, mas ainda não temos informação adicional a transmitir”, foi dito à  Lusa.

O medicamento, segundo dados do Infarmed, foi aprovado pela Comissão Europeia a 04 de março de 2011 e está a ser comercializado em Portugal desde 01 de fevereiro deste ano, em dosagens de 75, 100 e 150 miligramas.

A Janssen Pharmaceuticals, uma filial do grupo norte-americano Johnson & Johnson, aconselhou os médicos japoneses a usarem o medicamento com muita prudência, apesar de não estar comprovada a ligação do Xeplion às mortes.

Segundo as estimativas da unidade japonesa da Janssen Pharmaceuticals, o medicamento terá sido usado por cerca 10.700 pessoas desde o seu lançamento no mercado nipónico a 19 de novembro do ano passado.

As causas das 17 mortes registadas incluem ataque cardíaco, embolia pulmonar e asfixia por inalação de vómito.

Em muitos destes casos, os óbitos verificaram-se cerca de 40 dias após terem sido administradas injeções do medicamento.

Numa nota informativa divulgada na página online da unidade nipónica da Janssen Pharmaceuticals, a farmacêutica indica que a “substância pode permanecer no organismo até pelo menos quatro meses após ter sido administrada”, aconselhando os médicos a ficarem atentos a qualquer efeito colateral.

/Lusa

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