“Foi um mau dia para a democracia”. Angela Merkel pede anulação da aliança com a extrema-direita

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Michael Kappeler / EPA

A chanceler alemã, Angela Merkel

A União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler alemã, viabilizou uma solução para o governo estadual da Turíngia, no leste do país, apoiada pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). Angela Merkel posicionou-se esta quinta-feira contra a opção.

Segundo noticiou o Expresso, Merkel juntou-se aos que pedem a reversão desta união. “Foi um mau dia para a democracia, um dia que quebrou com os valores e as convicções da CDU. É imperdoável e a decisão deve ser revertida”, disse, numa visita à África do Sul.

Esta eleição marca a primeira vez que um líder regional é eleito com o apoio da extrema-direita, tendo todos os principais partidos alemães prometido aos seus eleitores que não estariam dispostos a colaborar com a AfD. Bodo Ramelow, do partido A Esquerda, venceu as eleições regionais de outubro de 2019, sem maioria.

Ramelow preparava-se para governar em minoria, mas o apoio que antes viabilizara o governo estadual não chegava. Após duas rondas de votação, os Democratas Livres (FDP) lançaram, quarta-feira, o nome de Thomas Kemmerich. A CDU apoiou-o e a AfD abandonou o seu próprio candidato em favor de Kemmerich.

“O que aconteceu na Turíngia é único na história da República Federal da Alemanha”, disse Kevin Kuehnert, vice-presidente do sociais-democratas (SDP) que se juntou aos manifestantes que contestaram a viablização do governo da Turíngua. “O que aconteceu hoje devia ser desfeito”, acrescentou.

 

Este sábado os parceiros de coligação de Merkel reunem-se para decidir o que fazer.

ZAP //

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