O ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi anunciou que vai deixar o Partido Democrata (PD), do qual era secretário-geral, para criar a sua própria formação, mas garantiu que o grupo continuará a apoiar o Governo de Giuseppe Conte.
Numa entrevista publicada esta terça-feira no La Repubblica, citada pela agência Lusa, o líder da esquerda italiana anunciou a saída do PD, explicando que o novo grupo “ampliará a base do consenso parlamentar” no Governo de Giuseppe Conte.
Matteo Renzi disse que “o PD é um conjunto de correntes sem visão de futuro” e que, por isso, quer passar os próximos meses “a lutar contra [Matteo] Salvini, e não a defender-se do fogo amigo”.
O ex-primeiro-ministro não quis adiantar o nome do seu novo partido e explicou que o símbolo e as ideias da formação serão apresentados na próxima reunião em Leopolda (congresso político criado por Renzi). Segundo algumas sondagens, o partido de Matteo Renzi ficaria com 5% nas intenções de voto.
Matteo Renzi [que se demitiu em dezembro de 2016 do cargo de primeiro-ministro após a derrota no referendo contra a reforma do sistema parlamentar que havia proposto] garantiu que a sua saída não tem nada a ver com o facto de ficar de fora do novo Governo formado pelo PD e pelo Movimento 5 Estrelas que promoveu.
“Esse não é o ponto. Se eu pensar em como as instituições estão representadas agora, o novo governo de [Giuseppe] Conte parece-me um milagre. Ter enviado [Matteo] Salvini para casa é algo que permanecerá no meu currículo como uma das coisas de que mais me sinto orgulhoso “, acrescentou.