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Autarca de Matosinhos acusa Galp de “desconsideração” (e avisa que chumbará projetos imobiliários)

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Tiago Petinga / Lusa

A presidente da Câmara de Matosinhos acusou a Galp de ter decidido encerrar a refinaria em “desconsideração pela população” e avisou que chumbará projetos imobiliários ou outros que tenham em conta interesses da empresa.

O semanário Expresso teve acesso a uma carta da presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, enviada ao presidente da Comissão Executiva da Galp.

Na missiva, a autarca lamenta que o CEO da Galp Energia não tenha contactado com a Câmara – o que diz estar em “total desacordo com a política de responsabilidade social e de sustentabilidade que a empresa afirma seguir”.

Luísa Salgueiro diz ainda afirma ser inaceitável que a empresa a laborar no concelho há meio século não respeite a comunidade local, “tolerou a presença da refinaria em nome do interesse coletivo do país”.

“Outros tempos, em que Portugal vivia sob ditadura e o interesse das comunidades era subjugado pelos interesses dos negócios entre o Governo da ditadura e os grupos económicos que, em monopólio e conluio, punham e dispunham da coisa pública em seu benefício”, escreveu a autarca.

Luísa Salgueiro avisou ainda que projetos que “excluam o interesse de Matosinhos e concelhos periféricos ou tenham apenas em conta a satisfação da Galp” são chumbados pela autarquia.

“Qualquer solução que acarrete o prolongar dos impactos ambientais negativos merecerá a nossa reprovação”, salientou. “O uso que lhe está destinado é para atividades económicas e não procederemos a nenhuma alteração no Plano Diretor Municipal, revisto em 2019, para acomodar outra pretensão”.

No início da semana, a Galp anunciou que vai concentrar as operações de refinação e desenvolvimentos futuros em Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir do próximo ano.

À CMVM, a Galp informou que a concentração das operações em Sines permitirá reduzir os custos fixos em mais de 90 milhões de euros por ano, sendo o valor dos ativos a descontinuar de 200 milhões de euros.

Telmo Silva, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadores do Norte, disse que a notícia era uma “bomba”, porque implicará uma “redução drástica”. A decisão da Galp pode levar ao despedimento de 300 trabalhadores. Além disso, trabalhadores de outsourcing e de prestação de serviços” poderão aumentar o número de dispensas para “600 ou 700 pessoas”.

Maria Campos, ZAP //

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2 Comments

  1. Aqui temos a verdadeira face do Tuga, atrás da Fachada de gente Ideonea, responsavel e civilizada está um bicho medonho, da retaliação, da represália , da perseguição.
    Os Fariseus também eram gente irrepreensivel, sabedora, justa só que no final caiu a mascara , acabaram por demonstrar quem estava por detrás das aparencias, cometerem um erro FATAL: Condenaram à morte um Inocente.
    PT é um Pais de FARISEUS e no STJ está um dos Caifás da Justiça.

  2. a diarreia cerebral que esta Sra. debitou é para mim BRUTAL, não tem nada de Humano é mais proprios de Cães, semopre prontos a atacar.
    A brutalidade desta gente barbara que se alcançou à “coisa Publica” ficou demonstrar no caso do SEF.
    A pessoas tem de recusar semelhantes criaturas a gerir o País.
    Não só está em causa PT também a UE, porque vão para lá fazer o mesmo que fazem cá
    Gente repugnante.

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