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Matemático cria modelo que calcula o fim da civilização

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(dr) Michael Whelan

HARI (1985), Michael Whelan - Hari Seldon na trilogia "Foundation", de Isaac Asimov, tal como imaginado pelo artista Michael Whelan

HARI (1985), Michael Whelan – Hari Seldon na trilogia “Foundation”, de Isaac Asimov, tal como imaginado pelo artista Michael Whelan

Uma teoria capaz de prever a ascensão e queda das civilizações através de um simples cálculo matemático indica que a humanidade entrará em breve em colapso.

De acordo com Peter Turchin, professor da Universidade do Connecticut, nos Estados Unidos, a matemática pode não apenas explicar, mas também prever o comportamento humano.

Turchin é o criador da chamada cliodinâmica, um ramo científico da ciência que estuda os processos histórico-sociais a longo prazo através de modelagem matemática. “O meu modelo matemático indica que a instabilidade social e a violência política atingem o seu ponto máximo nos anos de 2020“, diz Turchin, citado pelo Phys.org.

O matemático americano de origem russa considera que as recentes eleições presidenciais nos Estados Unidos são um indicador que confirma a sua previsão. Turchin esclareceu, no entanto, que não é possível saber o que vai acontecer exactamente quando a instabilidade alcançar o seu auge, pois a sua teoria não prevê eventos – apenas tendências.

O professor assegura porém que as suas previsões podem ajudar a humanidade a escapar a um destino sombrio, já que ao observar as tendências é possível interrompê-las a tempo e evitar que causem problemas irreversíveis à sociedade.

Turchin, autor de Ages of Discord, diz que se vê muitas vezes no lugar de Hari Seldon, um personagem fictício da série Foundation, de Isaac Asimov. Nos livros do “pai da robótica”, Seldon é um professor de matemática no Planeta Trantor que desenvolve a psicohistória, uma ciência algorítmica que lhe permite prever o futuro em termos probabilísticos.

No mundo fictício de Asimov, o professor Seldon previu o declínio e queda da sua própria sociedade. Será a cliodinâmida de Turchin capaz de fazer o mesmo no mundo real?

4 Comments

  1. os algoritmos desses cidadãoserviços são na realidade uma conta de chegar. quem escolhe os termos das parcelas e o matemático e os resultados são a cara dele. outro matemático achará outros resultados porque tudo depende de quem escolhe.

      • O que ele quer dizer é que o indivíduo jamais conseguirá ser 100% imparcial e influencia, mesmo que inconscientemente, o resultado da experiência, ou seja, “it’s all in the eyes of the beholder”.
        O objecto será sempre interpretado pelo sujeito, e, mesmo numa tentativa de análise imparcial, nunca será totalmente desprovido das características que o caracterizam tal como nunca será descrito e definido fielmente em toda a sua totalidade.

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