O Ministério Público deduziu acusação contra um marroquino, detido em Monsanto, por vários crimes, nomeadamente recrutamento de jovens, em Portugal, para integrarem o Daesh.
Preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Monsanto, um indivíduo marroquino foi acusado pelo Ministério Público de oito crimes relacionados ao terrorismo, a favor do Estado Islâmico, informa a Procuradoria-Geral da República.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o DCIAP adianta que entre as acusações estão um crime de adesão a organização terrorista internacional – Daesh ou Estado Islâmico – um crime de falsificação com vista ao terrorismo, quatro crimes de uso de documento falso com vista ao financiamento do terrorismo, um crime de recrutamento para terrorismo e um crime de financiamento do terrorismo, escreve o Observador.
De acordo com o mesmo comunicado, o cidadão marroquino terá aderido ao Daesh depois de ter vindo para Portugal, recrutando jovens marroquinos para integrarem essa organização terrorista, junto ao Centro Português de Refugiados.
Abdessalam T., de 63 anos, terá recrutado um cidadão entretanto detido em França, após ter tentado um ataque terrorista no país. O marroquino terá usado cartões de crédito falsos para financiar as atividades relacionadas com o terrorismo, levadas a cabo por jovens radicalizados por ele próprio.
O indivíduo terá sido denunciado por três jovens marroquinos e foi preso pela Polícia Judiciária na Alemanha em 2016, acusado de burla, tendo sido extraditado para Portugal depois de cumprida a pena.
Segundo a PGR, a investigação apurou que “correm termos contra o arguido processos de idêntica natureza na Alemanha e na França“. “Relativamente aos factos investigados neste último país, as autoridades francesas emitiram mandado de detenção europeu (MDE), tendente à oportuna entrega do arguido”, avança o Diário de Notícias.