Marinha interceptou iate de luxo suspeito com 4 traficantes e 50 migrantes a bordo

Rui Marote / funchalnoticias.net

Navio patrulha P590 NRP Tejo da Marinha Portuguesa ao largo do Funchal

A Marinha Portuguesa interceptou na madrugada de sábado, ao largo da costa italiana, um iate de luxo roubado que transportava quatro traficantes russos e 50 migrantes a bordo, entre os quais um recém-nascido, adiantou este ramo das Forças Armadas.

A intercepção ocorreu no âmbito das operações do navio patrulha Tejo, da Marinha Portuguesa, integrado desde 22 de julho na operação internacional conjunta de segurança marítima no âmbito da Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira – FRONTEX, para o controlo e vigilância das fronteiras marítimas e combate ao crime transfronteiriço.

De acordo com as informações disponibilizadas pela Marinha, a operação decorreu na madrugada de sábado, tendo os 50 migrantes – uma mulher, 23 homens, 25 jovens do sexo masculino e um recém-nascido, com origem no Iraque e no Irão – sido interceptados ao largo de Itália.

Os militares portugueses terem considerado existir “um comportamento suspeito”, quando, em comunicação verbal com os elementos no convés, os militares portugueses receberam informações contraditórias quanto à presença de mais pessoas a bordo.

Através das vigias e com ajuda de lanternas, os Fuzileiros confirmaram a presença de dezenas de pessoas a bordo, no interior do veleiro.

“O comportamento suspeito, por ser um veleiro com apenas 4 pessoas visíveis no convés, mas aparentemente pesado na linha de água e com todas as escotilhas abertas, e que não respondeu às chamadas rádio da patrulha da Marinha portuguesa”, levou a que o navio enviasse até junto do veleiro uma embarcação com uma equipa de Fuzileiros.

“Além dos fuzileiros portugueses, seguia a bordo do Tejo um agente da ‘Guarda di Finanza’, autoridade italiana de controlo aduaneiro, que se encontra embarcado no navio da Marinha”, lê-se no comunicado da Marinha, publicado na sua página na Internet.

A “Guarda Di Finanza” enviou também para o local uma lancha rápida com agentes que efectuaram a abordagem e a vistoria, acompanhada de perto pela equipa de segurança dos Fuzileiros, de forma a assegurar a segurança da acção.

O veleiro, os seus ocupantes e os agentes italianos seguiram depois para o porto de Otranto, escoltados pelo navio patrulha Tejo. “Segundo informação das autoridades italianas, o veleiro tinha sido roubado há alguns dias“, adiantou a Marinha.

A Marinha recorda que há três semanas a ação deste navio patrulha já tinha contribuído para “o desmantelamento de outra rede de introdução clandestina de migrantes na Europa, depois de ter detectado e seguido em alto-mar durante dois dias, entre a Grécia e a Itália, um iate de luxo que transportava a bordo 45 migrantes escondidos no seu interior”.

// Lusa

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