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Uma mulher em coma, que, segundo os médicos, tinha uma hipótese de 0% de sobrevivência, acordou dois meses depois de o marido se recusar a desligar o suporte de vida.
Em 2021, Autumn Carver contraiu o vírus da covid-19 enquanto estava grávida, tendo optado por não tomar a vacina por receio de abortar, o que já tinha acontecido três vezes, relatou o Unilad.
A mulher foi hospitalizada e colocada num ventilador antes de dar à luz numa cesariana de emergência, às 33 semanas. Pouco depois do nascimento do bebé, foi colocada em suporte de vida, numa máquina de oxigenação de membrana extracorpórea (ECMO). As hipóteses de sobrevivência não eram animadoras.
Ao marido da Autumn, Zach, foi-lhe dito que a esposa “tinha zero por cento de hipóteses de sobrevivência”. Ela passou dois meses no ECMO antes de ser transferida do Hospital Metodista de Saúde da IU, em Indianápolis, para o Northwestern Memorial Hospital, em Chicago.
Já em Chicago, esperava-se que recebesse um transplante pulmonar, mas o cirurgião Ankit Bharat decidiu adiar a cirurgia para que a mulher pudesse recuperar. Segundo o especialista, os pacientes que necessitam de uma ECMO durante mais de um mês tinham menos de 5% de hipóteses de recuperação sem um transplante pulmonar.
No entanto, Zach nunca desistiu e recusou tirar a esposa do suporte de vida. Também a decisão do médico foi a correta, visto que a condição de Autumn começou a melhorar lentamente.
Autumn conheceu finalmente o seu filho a 19 de outubro. Em novembro, o marido anunciou que a esposa tinha saído da unidade de cuidados intensivos. Esta fez então terapia física, ocupacional e da fala, regressando a casa a 01 de dezembro de 2021.
Os médicos consideraram a sua recuperação um “milagre”. Embora os seus pulmões nunca recuperem aos níveis de pré-covid-19, Ankit Bharat disse que Autumn conseguiria “levar uma vida normal”.