Cadastro é currículo: Maria Luís Albuquerque eleita devido à sua “promiscuidade”

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André Kosters / Lusa

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda

Escolha do Governo para a Comissão Europeia ainda origina reacções. Mariana Mortágua fala em “cadastro que é um currículo”.

O relatório da Inspecção-Geral de Finanças sobre a privatização da TAP revelou que há suspeitas de crime, em 2015. A empresa foi vendida com o seu próprio dinheiro.

Mas, quer do lado do Governo, quero do lado da oposição, considera-se que esta auditoria não trouxe novidades.

O que, para Mariana Mortágua, ainda agrava a situação do actual ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que nessa altura era o secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações.

“O Governo sabia de tudo e, ainda assim, Miguel Pinto Luz foi novamente nomeado depois do desastre das suas decisões sobre a TAP”, avisou a líder do Bloco de Esquerda (BE).

Mortágua classifica a privatização da companhia aérea como um “negócio circular” onde todos ganharam menos a TAP, que “não ganhou um cêntimo”.

Nesta entrevista à RTP, Mariana Mortágua foi questionada sobre se este relatório pode prejudicar o futuro europeu de Maria Luís Albuquerque, futura comissária europeia – que era ministra das Finanças no momento da privatização.

A coordenadora do BE tem uma perspectiva contrária: “Eu desconfio que Maria Luís Albuquerque foi promovida precisamente pela sua promiscuidade e subserviência aos maiores interesses financeiros“.

“Diversas empresas ganham e vivem deste tipo de negócios com o Estado: concessões, carteiras de crédito malparado, aeroportos, correios, companhias aéreas… Vivem de explorar recursos públicos. E são recompensadas por isso”.

Para Mariana Mortágua, Maria Luís Albuquerque é uma governante que permite “esse regime de porta-giratória, apropriação privada de recursos que deveriam ser da comunidade e do país”.

“Suspeito que foi nomeada por isso, não por causa disso. Foi nomeada porque o Governo considerou que o seu cadastro de promiscuidade com o sistema financeiro internacional era, na verdade, um currículo“, finalizou a deputada.

ZAP //

4 Comments

  1. A violência verbal deste artiguelho ultrapassa tudo… mas aqui não há crítica nem muito menos confirmação!

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  2. Lá por ser filha de cadastrado, não quer dizer que é verdade o que mencionou; devemos ser isentos nos comentários, porque infelizmente os políticos são todos corruptos até prova em contrário. Para mim não existe esquerda ou direita, mas a vertidicalidade e a idoneidade das palavras que proferiu.

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