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Marcha anti-muçulmanos em Lisboa preocupa. “Não queremos lutar contra eles”

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Tim Evans / EPA

Elementos da extrema-direita estão a organizar uma manifestação anti-muçulmanos para o dia 3 de Fevereiro em Lisboa, e as autoridades estão preocupadas. O “risco” é “muito grande” e temem-se episódios de violência.

A marcha anti-muçulmanos está a ser promovida, sobretudo, nos canais da rede de mensagens Telegram ligados a grupos neonazis e de extrema-direita.

Os manifestantes querem marcar uma posição “contra a islamização” e a marcha deve percorrer as principais ruas da Mouraria e do Martim Moniz em Lisboa, uma zona onde vive e trabalha uma grande comunidade de imigrantes, nomeadamente oriundos do Paquistão e do Bangladesh.

As forças policiais e os serviços de segurança revelaram ao Expresso ter “alguma preocupação” com esta manifestação que consideram ter “um grau de risco muito grande”.

“Vamos estar muito atentos a esta marcha“, revela uma fonte ao jornal, notando que ainda se está “na fase de recolha de informação e análise”, mas garantindo “a melhor atenção e planeamento”.

Os comerciantes que trabalham na zona estão também preocupados, e receiam ter que fechar as suas lojas. “Não queremos lutar contra eles”, refere ao Expresso o presidente da comunidade do Bangladesh, Rana Taslim Uddin.

“Já avisei para não se meterem com eles e não ligarem a provocações“, acrescenta Uddin, recordando os confrontos verificados nos anos de 2000, no Martim Moniz, quando elementos ligados à extrema-direita partiram “algumas montras” e “chegaram a bater em alguns imigrantes”.

Uddin tem esperança que a 3 de Fevereiro próximo “vão apenas gritar”.

O representante da comunidade do Bangladesh aproveita ainda para notar ao Expresso que “a imigração traz força a um país” e que “no Martim Moniz convivem dezenas de comunidades de diferentes nacionalidades e não há colisão entre elas”.

Discurso de ódio contra imigrantes está a crescer

A presidente da associação Renovar a Mouraria que dá apoio a imigrantes, Filipa Bolotinha, lamenta que se sente um “crescimento do discurso de ódio contra os imigrantes, sobretudo oriundos do Sudoeste Asiático”.

“É um problema latente”, realça Bolotinha no Expresso, referindo-se também a vídeos nas redes sociais com comentários xenófobos.

Há ainda casos de xenofobia no atendimento em serviços públicos e situações de “racismo light”, por exemplo, com pessoas que evitam sentar-se junto a imigrantes nos transportes públicos, mesmo quando não há mais lugares disponíveis.

Bolotinha também nota casos de crianças que, na escola, “com o seu discurso mais ingénuo, chamam nomes pejorativos aos colegas de outras partes do mundo”.

“É um fenómeno em crescendo que é preciso urgentemente desconstruir”, conclui a presidente da associação.

ZAP //

19 Comments

  1. Tem piada dizer que discursos de Ódio é não querer cá emigrantes islâmicos…

    Mas qual é o ódio nisto? Isto é uma vontade.

    Nós não temos sempre que comer e calar. As pessoas que se sentem é que são os filhos da boa gente e não ao contrário.

    Ter cá ninhos de islâmicos não é bom é péssimo. Islâmicos são más noticias em todos os lados. Eles estão bem é na terra deles a colocar bombas uns aos outros.
    E isto não é ódio por islâmicos, isto é a realidade.

    Não tenho ódio nenhum por ninguém. Isto é apenas uma vontade. A vontade de estar num pais com Portugueses de Portugal e preferencialmente de ascendência celta ou visigoda. Esses é que são os daqui.

    Os outros podem cá vir de passagem para férias, mas estão bem nos países deles.

    O que está a acontecer em Portugal com estas políticas de esquerda radical (porque é o que temos neste momento abaixo do CDS), é que se está mais preocupado em proteger os emigrantes do que os locais.

    Quando um responsável público vem dizer que Seg Social só ganhou com os estrangeiros é no minimo um insulto aos Portugueses que para lá descontam desde que nasceram…

    Por isso, quando se fala em mandar gente dessa daqui para fora, sim contem comigo. Façam uma marcha aqui em Braga que eu também vou.

  2. Desfazer uma ideia ‘errada’ desta Politico-religião será tarefa do mundo islam que está exactamente a fazer o contrário.
    Está sempre a pregar a intolerância, que, aliás faz parte da sua ideologia.
    Mesmo os ‘não-neo-nazis’ tem olhos para ver o que se passa no mundo.

  3. Estou totalmente de acordo com Antonio Machado.. que venham emigrantes que partilhem da nossa cultura ocidental, europeia, que se integram na nossa sociedade cultural e religiosa, e não de culturas intolerantes e violentas como o extremismo islâmico. Que fiquem no país deles, se não concordam com a nossa cultura. Se querem vir, que a aceitem e se integrem.
    Isto não é ser antidemocrático, anti-imigrante nem de diteita ou esquerda! Isto é ser português, é ser europeu!

  4. “As forças policiais e os serviços de segurança revelaram ao Expresso” e o Expresso como jornal imparcial que não é logo empolgou a noticia pondo toda a imigração a barulho tentando impor o sensacionalismo, numa questão que domina toda a Europa. Se fosse uma marcha antissemita já não havia alarmismos.

  5. Uma manifestação contra os muçulmanos em Portugal deve ser a maior manifestação de estupidez que se poderia pensar. Há cerca de 50 mil muçulmanos em Portugal (0,5% da população do país), muitos oriundos da Guiné Bissau e de Moçambique e, que se saiba, nunca causaram qualquer problema entre nós. Entre eles está a comunidade ismaelita, pessoas altamente civilizadas e cultas. O imã da mesquita de Lisboa é uma pessoa encantadoura, o contrário de qualquer forma de extremismo. E lembro que essa mesma mesquirta de Lisboa organiza todos os anos, por altura do Natal, uma refeição festiva para os pobres e sem abrigo de Lisboa, numa manifestação de fraternidade religiosa. Não sou contra proibições, mas esta manifestação devia ser proibida por atentar contra a tolerância e o bom convívio entre comunidades.

  6. Há e não esqueçam os Venezuelanos/as esses sim que vivem cá no nosso Portugal a30/40 ou mais anos ou que fosse 1 ou 2 anos de espanhol para português é fácil a aprendizagem… mas eles falam como se estivessem no país deles, eu ou a prova disso, alias ajudar um a falar corretamente para mim já que trabalhava num posto de combustível, ainda se virou/viraram contra mim a dizer que os homens portugueses não valem uma merda e outras, bom foi uma desgraça depois disso pois fui tropa obrigatória e tenho que ouvir isto vindo dos de fora, sim a favor da imigração mas legal e restrita, fiscalizada e apreenderam a nossa língua, senão ficamos sem português.

  7. São eles que fazem o que nem você nem eu queremos fazer: limpezas, apanha de fruta, agricultura, restauração, etc, etc, etc.
    Sem eles grande parte do tecido económico português estava paralisado. Và ao Algarve e veja o que se passa na restauração e nos hoteis. Quem é que lá trabalha? Portugueses nem vê-los.
    E quando isso acontecer, e você quiser ir a um restaurante, a um hotel, etc e ele estiver fechado e os empregados no desemprego, o governo vai dizer que tem de aumentar impostos porque a SS está de rastos.
    Não deixa de ser irónico que os nacionais de um país de forte emigração não aceitem emigrantes de outros países.
    Estes emigrantes estão a fazer o que os portugueses foram fazer nas década de 60, 70, 80 e por aí fora para a França, Alemanha, Suíça, Reino Unido, etc.
    Imagine que um familiar seu está a trabalhar na Alemanha e um governo alemão, que possa ser de extrema direita, diga: fora com os estrangeiros.
    Como você reagirá? Aí certamente é contra! Porquê? Porque somos brancos? Nem todos!!!

  8. Que paranóicos estes agora, nunca houve problemas de maior entre estes imigrantes e portugueses, são simpáticos se se lhes der a oportunidade, trabalhadores, pacíficos. Alguém está a manipular estas mentes de alguns portugueses mais susceptíveis, radicalizando-os contra uma comunidade pacífica, criando problemas onde nunca houve em Portugal..

    Um vem falar do outro que esfaqueou uma mulher grávida .. e quantos portugueses de “puro sangue” cometem crimes semelhantes quase todos os dias? Vamos expulsar todos os portugueses então, esses criminosos. Ovelhas negras e gente desequilibrada há em todo o lado. .

    Na Mouraria sempre houve mouros séculos e séculos.

    O pessoal está a ser manipulado por alguém interessado em criar problemas onde não existem, colocar portugueses contra comunidades pobres, pacíficas e trabalhadoras, que fazem o mesmo que emigrantes portugueses fazem há décadas na Europa e américas, desviando a atenção dos verdadeiros patifes de Portugal que roubam a nossa riqueza para os seus bolsos, como bancos e banqueiros, fundos abutres e imobiliários, seguradoras, grandes distribuidoras como SONAE e Jerónimo Martins, entre outros.

    Deixem-se manipular pelos que querem pôr pobres contra pobres deixem, e vão ver onde vamos parar.

  9. A dita manifestação era bom que se fizesse. Muitos desses indivíduos que lá andam e são muitos utilizam os subsídios que o Estado lhe oferece para nada fazerem. A realidade é que os hospitais públicos estão cheios dessa gente e eu como doente oncológico que ao pretender fazer os exames no público são sempre adiados e o médico aconselha-me a ir ao privado . Não me perguntam se eu tenho dinheiro para pagar. Muitos desses emigrantes que auferem desses serviços ou já vêm doentes e também há os que depois vão para o país deles. O SNS está a rebentar pelas costuras como o médico diz e os portugueses começam a ser bastante prejudicados. A emigração pode ser precisa , mas não é como atualmente se faz com entradas livres. Como diz o ps todos os emigrantes que desejarem trabalhar! ? no nosso país têm as portas abertas. Aconteceu com as gêmeas em que a mãe assinou um compromisso de ficar no nosso país e ao outro dia foi para o Brasil.

  10. É como os da Uber que vieram tirar o trabalho ao taxistas portugueses e depois ainda praticam violações e outra barbaridades. Obrigado Costa.

  11. Na Bélgica com a história dos emigrantes marroquinos há bairros onde é só droga , criminalidade e a polícia já nem lá pode entrar. Concordo com o Vítor . Não é o melhor caminho. Disto não vai sair coisa boa e senão veremos. Só que os políticos não assumem a responsabilidade do que fazem e depois lavam as mãos como Pilatos.

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