O presidente da Ucrânia vai discursar no Parlamento português a 21 de abril, pelas 15h00. Santos Silva já falou com o Presidente da República sobre a sua participação.
Marcelo Rebelo de Sousa deverá participar na sessão da Assembleia da República, que vai contar com a presença de Volodymyr Zelenskyy, e será realizada através de uma videoconferência, de acordo com o Público.
A data da sessão já está marcada para 21 de abril, e o Presidente da Assembleia da República (AR) já falou com Marcelo Rebelo de Sousa para que o chefe de Estado enviasse o convite formal ao Presidente ucraniano.
A data foi comunicada aos líderes parlamentares na conferência de líderes, que decorreu esta manhã na Assembleia da República.
A intervenção de chefes de Estado na AR portuguesa não é costume, mas já ocorreu durante visitas oficiais a Portugal.
Em 2018 — a última vez que aconteceu — o Presidente angolano recém-eleito, João Lourenço, discursou a partir da Mesa de presidência do Parlamento português, à direta do Presidente da AR.
Nessa altura, o Presidente da República também esteve presente, sentado à esquerda de Ferro Rodrigues.
O que é ainda mais raro do que um chefe de Estado estrangeiro participar na AR, é fazê-lo através de videoconferência, mas os tempos de guerra e pandemia parecem ter normalizado a situação em todo o mundo.
Desde o início da invasão de Putin à Ucrânia, a 24 de fevereiro, Zelenskyy já discursou em em duas dezenas de parlamentos em todo o mundo, nomeadamente na Europa, mas também EUA, Canadá, Israel, Japão ou Austrália.
A semana passada ficou marcada pela presença do Presidente ucraniano no Parlamento grego, uma “vergonha histórica“.
Zelenskyy discursou a 7 de abril no Parlamento da Grécia e pediu mais armas e mais sanções, repetindo o que tem dito em vários Parlamentos europeus.
Essas intervenções de Zelenskyy têm sido muito aplaudidas, sendo fundamentais na guerra de palavras que decorre com a Rússia. Mas, desta vez, o líder ucraniano parece ter dado um tiro no próprio pé. Tudo porque passou a palavra a dois soldados do famigerado Batalhão Azov.
A meio da intervenção, falaram dois militares ucranianos que terão ascendência grega, ambos pertencentes ao grupo paramilitar com influências neo-nazis.
Um dos militares surge com a cara descoberta, enquanto o outro surge de cara tapada, apenas mostrando os olhos. Ambos se referem à destruição em Mariupol, culpando os russos – note-se que os russos alegam que foi precisamente o Azov que matou civis para culpar o exército da Rússia.
O líder do Syriza, Alexis Tsipras, considerou o discurso de Zelenskyy “uma provocação”. “Ele falou de um dia histórico, mas é uma vergonha histórica“, escreveu no Twitter, na altura.
Mesmo antes de começar esta viagem diplomática virtual pelo mundo, o Presidente ucraniano interveio por videoconferência numa sessão plenária extraordinária do Parlamento Europeu, a 1 de março.
Nesse debate participaram não apenas os deputados europeus, mas também os presidentes do Conselho Europeu: Charles Michel, da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
Abriu-se assim um precedente, não apenas para outras intervenções de Zelenskyy nas mais importantes organizações internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a NATO ou o G7, mas também para a participação de chefes de Estado ou de Governo em sessões parlamentares.
Se calhar no dia 21 de abril o putin já caçou o zelensky……….esperemos que não, mas o putin não está com ideias de parar. O putin vive num mundo só dele que tem lógica só para ele.