Marcelo Rebelo de Sousa escolhe oito livros para o verão eleitoral

Ricardo Castelo / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, listou ao jornal Público os oito livros que tenciona ler durante este verão, antes dos tempos agitados que virão com a campanha para as eleições legislativas de outubro. 

Apesar de reconhecer que não terá o tempo de “outros verões”, o chefe de Estado diz, citado pelo Público, que, “em rigor”, as suas leituras de Verão “já começaram”.

Marcelo, que foi já comentador político e professor universitário, diz aproveitar “as viagens e as noites ainda mais longas desta época do ano” para pôr a leitura em dia.

No final de junho, contou ao matutino, começou a ler “Tríptico da Salvação”, de Mário Cláudio, autor que diz admirar há muito, apesar de reconhecer ser suspeito.

“Apresentei um livro seu há anos, ‘Camilo Broca’, ideia sua, que sempre atribuí às minhas raízes minhotas, e surpreendo-me sempre por cada nova obra sua. Esta, mais do que surpreender-me, encheu, no sentido mais feliz do termo, meia semana em madrugadas, aliando a escrita trabalhada de sempre a um enredo apelativo a quase História, quase aventura exterior e interior e imaginação nunca esgotada apesar de 50 anos de devoção literário”, apontou o Presidente da República.

Atualmente, está a ler “Edução do Delfim”, as cartas de Calouste Gulbenkian ao seu neto, Mikaël Essayan. “Imperdível para os interessados nessa personagem fascinante que foi Gulbenkian, para os conhecedores ou curiosos desse tempo agitadíssimo que foram os anos 1941 a 1945, ou, simplesmente, para os apreciadores do que já não há, epistolografia de qualidade”, considerou Marcelo.

Para as próximas semanas, carregadas de trabalho – o chefe de Estado terá que aprovar 40 diplomas que deverão coincidir com o seu período de férias em agosto – guardou “O Triângulo Mágico”, de António Cândido Franco.

“Para as semanas que aí vêm, feitas de trabalho até quase meados de agosto, entremeado de chegada dos netos, vindos das lonjuras, o mais aconselhável é uma biografia sobre Mário Cesariny, ‘O triângulo Mágico’, de António Cândido Franco”.

Para agosto, deixou uma ficção não nacional: “Em tudo havia beleza”, de Manuel Vilas e, “logo a seguir”, revela, quererá ler ‘Desta terra nada vai sobrar a não ser o vento que sopra sobre ela’, de Ignácio de Loyola Brandão.

Para terminar o verão, Marcelo listou dois autores estrangeiros e um português.
“Para Setembro, que Agosto vai ter muito a fazer, mesmo em férias e após elas, de leis a apreciar, ficará a tradução portuguesa de Leonardo da Vinci, de Walter Isaacson (…) A fechar o Verão, Gabriel García Márquez, o jornalista, vai preencher o que restará de tempo eleitoral, com as crónicas reunidas sob o título de O escândalo do século, da D. Quixote”.

Por fim, e “se ainda tiver umas noites livres”, na transição para outubro, Marcelo vai tentar ler o autor português Fernando Namora, com “Fogo na noite escura”.

“Confesso que nunca aderi ao esquecimento de Namora ou aos juízos mais críticos quanto à sua temporalidade. Mas, só Deus sabe – no meu entendimento de crente notório – se haverá tempo para essa breve digressão antes do outubro que temos pela frente. Perto do final de agosto já saberei”, revelou ainda ao mesmo jornal.

ZAP //

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