O Presidente da República considerou este domingo que se vive um “fim de ciclo” e alertou para a “profunda crise” que atravessam os sistemas políticos europeus: é necessário “fazer ruturas”, defende.
Em Aveiro, a discursar no encerramento do Encontro Nacional da Juventude, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a Europa “está a ficar para trás” e que não é o dinheiro que vai resolver os problemas que os jovens enfrentam, embora possa ser um “fator positivo”.
“Nós estamos no fim de um ciclo histórico e no começo de outro, no mundo, na Europa e em Portugal (…). Estamos nessa viragem no mundo, o mundo não será igual, não se sabe daqui a um ano ou meio ano, não será igual depois das eleições americanas, qualquer que seja o resultado, será outro, não será igual depois das mudanças que há na China, que teve dificuldades em gerir a pandemia e em recuperar economicamente (…) não será igual no posicionamento da Federação Russa ou nas potências emergentes na África do Sul, no Brasil, na Turquia e na Índia, não será igual”, defendeu.
Segundo o chefe de Estado, “há, de facto, a sensação de uma transformação e as guerras aumentam nesses períodos de incerteza e de impressibilidade e daí a necessidade da luta pela paz, na Europa, na África mas também no Médio Oriente, a paz em N sítios que se fala e em `n´ sítios que não se fala”.
Mas há um outro problema: “Os sistemas todos foram concebidos para outro tempo e por inércia foram durando”, disse o chefe de Estado.
“Os sistemas políticos europeus estão em profunda crise e por isso é que se abrem vazios por onde entram novas realidades inorgânicas, uns chamarão populistas, porque sistemas pensados para o pós Segunda Guerra e pensados para o pós transição na evolução do século XX para o século XXI estão em crise, não se adaptaram ao digital, à mudança energética, aos avanços científicos e tecnológicos, à mobilidade, às aspirações dos mais jovens, estão velhos”, apontou.
E, segundo disse, “a alternativa aos velhos são velhos, velhos nas ideias, velhos nas estruturas, velhos na organização, velhos nas pessoas e isso é um problema na Europa”.
Marcelo Rebelo de Sousa alertou que a “Europa está a ficar para trás”, embora lidere “a luta pela ação climática, ainda lidera a luta contra as migrações, contra os refugiados” mas, referiu, “perdeu elã”.
Em Portugal, salientou, a situação não é diferente: “O problema está a pôr-se em Portugal, com os partidos portugueses…não ficarem para trás desatualizados e o sistema de partidos ficar obsoleto”.
Para o Presidente da República, há “fatores positivos” no atual momento como os fundos europeus “mas por um curto” espaço de tempo: “É um fator positivo até 26, 27 28, 29, Portugal 2030, que é amanhã, é depois de amanhã”.
“Mas não é o dinheiro que resolve o problema, é o conhecimento que resolve o problema”, salientou, defendendo que “é fundamental que os jovens cheguem aos centros de decisão, governando autarquias, governando regiões, governando o chamado poder central (…) é inevitável e se não ocorrer é tempo perdido e mudança que se perde”.
Traçando um paralelismo entre o tempo em que se deu o 25 de Abril e o tempo de hoje, o chefe de Estado considerou que o “grande apelo do pós 50 anos de Abril, não é celebrar em si mesmo aquele facto que merece ser celebrado”.
“Celebrar Abril é fazer ruturas, não exatamente as mesmas, que valham por aquelas que foram feitas naquela altura, tem que se fazer”, defendeu.
ZAP // Lusa
Efectivamente Portugal foi colocado e encontra-se num fim de ciclo graças à crise política provocada pelo Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, e a Sr.ª Procuradora-Geral, Lucília Gago, que está a trazer graves consequências para o País e aos Portugueses, não sendo compreensível como é que ambos ainda não se demitiram ou feitos demitir.
É lamentável ver o Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, atribuir aos outros Países e respectiva conjuntura Internacional os gravíssimos problemas políticos, económicos, e sociais, quando na verdade o País foi e está destruído graças às más políticas intencionais praticadas pela Presidência e os Governos do dr. Pedro Coelho e do dr. António Costa, que infelizmente vão ter continuidade no Governo do Sr.º Primeiro-Ministro Luís Esteves.