Moscatel e Fortimel, mas “ainda não é desta que morro”: Marcelo saiu do hospital

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Manuel de Almeida / LUSA

Marcelo Rebelo de Sousa sai do hospital

Presidente da República teve alta hospitalar. Revelou jogo com António Costa e falou sobre um “candidato a candidato a Belém”.

Marcelo Rebelo de Sousa já saiu do hospital, poucas horas depois de ter tido uma indisposição.

O presidente da República sentiu-se mal, após uma visita na Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, e foi ao Hospital de Santa Cruz, por precaução.

Ao fim do dia, saiu e explicou que este problema de saúde terá estado relacionado com um copo de moscatel quente após o Fortimel, à hora do almoço – num dia em que não almoçou (outra vez). O moscatel pode ter mexido com a digestão do Fortimel. Teve uma quebra de tensão repentina e foi para o hospital.

No caminho até ao hospital, na ambulância, esteve ao telefone com o chefe da Casa Civil. “A médica ficou zangadíssima” – não conseguia medir a tensão do presidente da República.

Revelou uma conversa que teve com António Costa, enquanto esteve no hospital: “Olhe, ainda não é desta que eu morro” – disse o presidente ao primeiro-ministro.

Marcelo contou aos jornalistas que tem uma espécie de jogo com Costa: “Saber quem faz o elogio fúnebre do outro”.

Entre os outros telefonemas, salientaram-se por exemplo o de Luís Montenegro e “por ironia do destino, um dos candidatos a candidatos a Belém“.

“Disse-lhe para ter calma, porque ainda não é ocasião de começar a campanha eleitoral (para as presidenciais de 2026)”. Mas quem foi esse candidato a candidato? “Não me lembro”.

SNS

O Presidente da República elogiou o SNS e agradeceu ao Hospital de Santa Cruz, onde esteve aproximadamente quatro horas após ter desmaiado, afirmando que os serviços mínimos em dia de greve de médicos foram excecionais.

“Deixem-me agradecer a este hospital”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à saída do Hospital de Santa Cruz, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa.

“É uma prova da excelência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Não me ocorreu outra solução se não esta, e estou muito grato, porque correu muito bem, muito bem, muito bem”, acrescentou.

O chefe de Estado referiu que a sua hospitalização temporária “calhou num mau dia”, no primeiro de dois dias de uma greve convocada pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam).

Interrogado se sentiu os efeitos dessa greve, o Presidente da República respondeu: “Não. Estavam os serviços mínimos e os serviços mínimos, felizmente, foram excecionais, excecionais, o que mostra que o SNS e os médicos em particular, mesmo em greve, de facto, cumprem os serviços mínimos”.

Marcelo Rebelo de Sousa mencionou que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, se deslocou ao Hospital de Santa Cruz, “para se certificar que era assim mesmo”.

O Presidente da República elogiou também o socorro que lhe foi prestado pelas bombeiras da Trafaria quando desmaiou no fim de uma visita à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no concelho de Almada, distrito de Lisboa, considerando que “foi impecável”.

TAP

O Presidente da República relativizou o relatório preliminar da comissão de inquérito sobre a TAP, afirmando que aguarda a versão definitiva e quer ver quem a aprova, ler as declarações de voto e as atas.

Em declarações aos jornalistas à saída do Hospital de Santa Cruz, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, após ter tido alta hospitalar, Marcelo Rebelo de Sousa fez alusão ao relatório preliminar hoje apresentado, da autoria da deputada do PS Ana Paula Bernardo: “Hoje têm outros assuntos mais importantes para tratar”.

Interrogado a seguir sobre esse documento, que foi criticado pelos partidos da oposição, o chefe de Estado respondeu: “Ainda não li. Por uma razão muito simples: eu gosto de ler relatórios definitivos e, portanto, relatórios provisórios não têm o mesmo sabor, é como um ensaio geral de uma peça”.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que quer “deixar aprovar, ver quem aprova, ver as declarações de voto de quem não aprova, ler as atas, ver isso tudo”.

Questionado se irá ler hoje à noite o relatório preliminar da comissão parlamentar de inquérito sobre a tutela política da gestão da TAP, o Presidente da República retorquiu: “Não querem que a minha tensão se altere outra vez, não? Já chega”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. God save the King . O nosso P.R , tem uma Idade certa para não dizer uma certa Idade , tem (que se saiba) problemas de Saúde , já diagnosticados e tratados mais de uma vez . Mas este outro episodio , calha no momento en que a classe Medica está en protesto e greve . Foi bem atendido , ainda bem ! ……..de certeza que en termos de prontidão e brio no cuidado , teve talvez mais sorte que um Cidadão Comum . Assim fonciona-se o SNS , para todos que dele precisam . E não é o caso !… Váááá…..digamos que foi pura coincidência !

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