Novo ataque contra um alvo controlado pelos Huthis no Iémen. Navios de guerra da União Europeia podem ir para o local.
Os EUA lançaram nesta madrugada mais um ataque contra um alvo controlado pelos rebeldes Huthis no Iémen, em retaliação pelas ofensivas contra navios no mar Vermelho, confirmou o Comando dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom).
Este novo ataque visou um radar usado pelos rebeldes e teve um alcance menor do que os 150 bombardeamentos lançados na sexta-feira contra 30 alvos.
A ação militar envolveu o lançamento de mísseis de ataque terrestre Tomahawk a partir do contratorpedeiro naval norte-americano USS Carney às 03:45 no Iémen (00:45 em Lisboa), explicou o Centcom.
O comando detalhou que esta era “uma ação de acompanhamento contra um alvo militar específico”, ligada aos ataques realizados na sexta-feira com o objetivo de diminuir a capacidade dos Huthis de colocar em perigo navios no mar Vermelho.
Ataques anteriores de forças dos EUA e do Reino Unido já tinham tido apoio de Dinamarca, Chéquia, Países Baixos e Alemanha, entre países europeus.
O Reino Unido defende que este ataque é uma resposta permitida pelo direito internacional e a NATO descreve os ataques dos EUA no Iémen como “defensivos” e feitos para “preservar a liberdade de navegação numa das vias navegáveis mais vitais do mundo” – pelo Mar vermelho passa 12% do comercio mundial.
UE a caminho?
A União Europeia (UE) também pode avançar, colocando no Mar Vermelho navios de guerra para proteger navios comerciais dos ataques dos Huthis.
O canal Euronews cita um documento oficial da quarta-feira passada, onde se lê que Bruxelas propõe, para Fevereiro, o envio de pelo menos três navios de guerra com “capacidades multi-missão”.
A operação, com “rápida implementação”, será para atuar “do Mar Vermelho ao Golfo”.
Mas, mesmo dentro da União Europeia, há países que hesitam em apoiar a iniciativa militar dos EUA. A Espanha já disse que não vai participar numa eventual missão da UE no Mar Vermelho.
ZAP // Lusa