De acordo com o jornal Observador, o cardeal-patriarca de Lisboa falou com a vítima mas não com a polícia. E não afastou o padre acusado.
D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, soube que um padre foi acusado de abusos sexuais de menores mas nada fez em relação ao acusado, informa nesta quarta-feira o jornal Observador.
Os alegados abusos já decorreram na década 1990. Na altura jovem, recém-ordenado, o padre “alternativo” e com “carisma diferente”, de acordo com uma fonte, não seguia o ritual habitual de uma celebração e organizava muitos convívios com crianças e jovens, no distrito Lisboa.
Ganhando fama e admiração, não só na sua paróquia como também em paróquias vizinhas, depois começaram os comportamentos estranhos e suspeitos junto de crianças, com quem tinha relação e proximidade física invulgares.
Até que um jovem, na altura quase a chegar aos 20 anos, contou à sua mãe que o padre em causa tinha abusado sexualmente dele e de outros menores.
O caso chegou a D. José Policarpo, que era cardeal-patriarca de Lisboa nessa fase. Mas ficou a sensação de que os membros da igreja não acreditaram no relato.
Numa das reuniões seguintes, até deixaram uma sugestão à mãe do adolescente: ter acompanhamento médico.
“Na altura, foram tomadas decisões tendo em conta as recomendações civis e canónicas vigentes”, indica o Patriarcado de Lisboa, ao Observador, não indicando que decisões foram tomadas.
D. José Policarpo disse à mãe do jovem, mais tarde, que o sacerdote estava a ser submetido a um tratamento.
D. Manuel Clemente substituiu D. José Policarpo e falou directamente com o próprio jovem que tinha apresentado a denúncia dos abusos.
Mas nada fez em relação ao padre e não apresentou o caso nas autoridades – contrariando as indicações da própria Igreja Católica, que desde 2019 obriga os bispos a denunciar os casos junto da polícia.
O Patriarcado de Lisboa explicou porque não apresentou a denúncia nas autoridades: a própria vítima não queria tornar o caso público.
“Não quis divulgar o caso, mas sim que não se voltasse a repetir. Até este momento, o Patriarcado de Lisboa desconhece qualquer outra queixa ou observação de desapreço sobre este sacerdote”, assegura a instituição.
Em 2002, o padre em causa saiu das paróquias lisboetas onde estava até então. Mas sempre esteve no activo e até há pouco tempo continuou, como capelão, ou seja mais ligado a funções administrativas. Entretanto criou uma associação (não ligada à Igreja) que acolhe famílias, crianças, jovens e idosos. Agora deixou a Igreja e está hospitalizado.
Este e outros seis padres estão a ser investigados pela Polícia Judiciária, devido a denúncias de abusos sexuais.
A justiça religiosa é diferente da justiça civil.
basta confessar ao padre e rezar 3 avé marias e tudo fica perdoado até ao proximo ato…
Então não fica, pois é necessário ser sincero, ter arrependimemnto!
Entretanto o meu comentário ainda não apareceu. Cortado?
A suposta vitima , não apresentou a queixa as Autoridades Civis porque razão ???…. Quem cala consente !