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Manifestantes pró-Palestina interrompem discurso de Von der Leyen no Porto. E a PSP não foi branda

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Tiago Petinga / Lusa

PSP prende manifestante pró-Palestina durante protesto no comício da AD

Ursula von der Leyen esteve, esta quinta-feira, no Porto, na campanha da AD para as eleições europeias. Num discurso, na Praça D. João I, a presidente da Comissão Europeia, foi interrompida por uma manifestação pró-Palestina, que levou a PSP ao uso da força.

Ursula von der Leyen tinha começado a discursar num comício da Aliança Democrática (AD), no centro do Porto, e estava a elogiar o apoio do presidente do PSD, Luís Montenegro, e do cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho.

Nisto, cerca de 20 manifestantes interromperam as suas palavras gritando “Palestina Livre”, com as mãos pintadas de vermelho a lembrar o sangue do confronto.

A campanha de Von der Leyen tem sido marcada pela sua posição pró-Israel no conflito do Médio Oriente.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “podes esconder-te, mas não podes esconder que financias o genocídio” (em inglês) ou “que vergonha deve ser defender o genocídio para ter o que comer”.

A polícia interveio de imediato, afastando os manifestantes, tendo um deles sido imobilizado violentamente pela PSP.

Em seguida, a PSP acompanhou os manifestantes para uma rua afastada do comício, onde continuaram os protestos.

Ao mesmo tempo, no comício, os apoiantes da AD gritavam “Ursula, Ursula, Ursula”.

Von der Leyen tentou continuar o discurso, mas as atenções no comício estavam centradas nos manifestantes, que acabaram por abandonar o local acompanhados pela polícia.

“Se vocês estivessem em Moscovo, estavam agora na prisão”, comentou Ursula von der Leyen, comparando o protesto com a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

“Liberdade, liberdade”, começaram a gritar os apoiantes da AD, que não evitaram ainda assim que continuassem os protestos de apoio à Palestina, já um pouco fora do local do comício.

Apontada como favorita à presidência da Comissão Europeia, Von der Leyen, enfrenta um trajeto difícil até à sua eventual (re)eleição pelo Parlamento Europeu, onde necessita de uma maioria longe de estar assegurada.

MNE vandalizado

Esta sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros foi vandalizado, em Lisboa, noutro protesto pró-Palestina.

O grupo responsável escreveu, numa nota enviada às redações que o protesto é contra “inação e cumplicidade do governo português e das instituições europeias com o genocídio na Palestina”.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. Os Comunistas deveriam ser Expulsos do Parlamento da Europa..
    Comunistas e Bloco de Esquerda são todos Pro Russos, só pelo dinheiro que les dão.

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  2. O que se passou foi uma vergonha para a PSP. Onde está a liberdade de expressão? A sr.ª Von der Leyen, devia ter vergonha e retirar a sua candidatura.

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  3. LOL O Jão Ávila acha que Putin que comanda um governo nacionalista de extrema direita numa mistura de inspiração Fascista com Capitalismo envia dinheiro para partidos comunistas ou de esquerda… e em Portugal! 😀
    Não diga disparates! Fica-lhe mal

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  4. Li bem?
    Putin comanda um governo de extrema direita?
    É capaz de ser melhor divulgar isso porque penso que toda a gente acha o contrário…

    A noticia é sobre Israel e Palestina, e eu acho é que só se perdem as que caem no chão.
    É verdade que é uma catástrofe a perda de inocentes (inocentes na palestina são as crianças que ainda não falam ou pouco mais do que isso). Mas se eles querem parar com isto só tinham que entregar em mãos o próprio governo terrorista que têm. Eles Palestinianos é que deviam resolver o problema. Capturar o militantes do Hamas e entrega-los todos atados com arame farpado a Israel.
    Enquanto os Palestinianos protegem os do Hamas, acho muito bem que Israel faça o que tem que fazer.

  5. Sr. Jorge Manuel da Rocha Barreira
    Liberdade de expressão?
    Faço-lhe uma pergunta. Se você estiver a falar e alguém o interpolar de uma forma agressiva. Vai-se calar e dizer que ele tem liberdade para o fazer?

    O desconhecimento da lei não é desculpa. Existem regras em Portugal.
    O que a PSP fez, foi a resposta a infração da lei por parte desses “manifestantes”

    Se eles se querem manifestar. Que o façam de uma forma ordeira e sem tentar calar a “liberdade de expressão” dos outros.

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