Pelo menos seis pessoas ficaram feridas depois de garrafas e explosivos terem sido lançados durante um protesto de extrema-direita na cidade alemã de Chemnitz.
A agência de notícias alemã DPA noticiou que a polícia de Chemnitz reconheceu ter mobilizado poucos agentes para a manifestação na segunda-feira à noite, que resultou em confrontos entre neo-nazis e contramanifestantes de esquerda.
O protesto de extrema-direita foi desencadeado pela morte de um alemão de 35 anos, esfaqueado mortalmente no domingo, na sequência de uma altercação com outros dois homens, que também ficaram feridos. O sírio de 22 anos e o iraquiano de 21 foram detidos por suspeitas de homicídio.
Segundo a TSF, logo na noite de domingo, 800 pessoas saíram à rua para se manifestar contra este homicídio. A polícia teve de usar canhões de água para controlar os manifestantes.
O cenário repetiu-se esta segunda-feira à noite. Em frente a uma estátua gigante de Karl Marx, de um lado dois mil apoiantes da extrema-direita, do outro cerca de mil simpatizantes da extrema-esquerda, escreve a rádio.
Imagens mostram manifestantes da extrema-direita a tentarem romper as barreiras da polícia, fazendo saudações nazis e cantando “a resistência nacional está a marchar aqui”.
Do lado neonazi pediu-se a saída da chanceler alemã, Angela Merkel, o fim do fluxo de requerentes de asilo e que a Alemanha seja dos alemães, enquanto os radicais à esquerda contam que ficaram assustados com as imagens das perseguições às pessoas que têm um ar estrangeiro.
“É importante para o Governo, para todos os democratas eleitos e, na minha opinião, para uma grande maioria da população, deixar claro que tais encontros ilegais e caças coletivas visando pessoas de aparência ou origem diferentes, ou mesmo tentativas de espalhar o ódio nas ruas não têm lugar no nosso país“, disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, citado pelo Expresso.
ZAP // Lusa