Manchester City 0-0 Sporting | Leão afia garras na despedida

Peter Powell / EPA

Após a goleada sofrida em Alvalade, o Sporting viajou até ao Etihad Stadium e conseguiu um empate a zero, despedindo-se desta edição da Champions nos oitavos-de-final.

Os “leões” mostraram elevada concentração e organização no processo defensivo e, após uma primeira parte “sem balizas”, apareceram na etapa complementar mais afoitos, de “garras” mais afiadas,  e estiveram próximo de conquistar os 3 pontos.

Não o fizeram, mas certamente que trazem na bagagem alento para enfrentarem a recta final da época.

O guião da primeira metade foi aquele que se antevia, o Manchester City com mais bola (65%) e com mais aproximações à baliza adversária (quatro remates, sendo que dois foram enquadrados), mas o Sporting soube aguentar o domínio inglês, actuando com um bloco recuado – 1x5x4x1 – e com Porro (13’) e Neto (23’) atentos e a fazerem cortes cruciais.

Os anfitriões desperdiçaram a ocasião mais clara já na fase final da primeira metade, altura em que Adán – que já tinha parado um remate de Foden aos 24 minutos – “tapou” o chapéu que Sterling queria fazer-lhe.

Os “leões” saíram para os balneários sem nenhum remate ao alvo defendido por Ederson.

Foden, com um remate enquadrado, 37 acções com a bola e duas ocasiões criadas, era o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 6.3. Do lado leonino, destacava-se Porro 5.8, com um passe de ruptura, três recuperações de bola e cinco alívios.

Já depois de o VAR ter corrigido a decisão inicial da equipa de arbitragem e anulado um golo a Gabriel Jesus, o Sporting manteve a coesão defensiva e foi mais incisivo e objectivo nas incursões atacantes a partir do momento em que visou pela primeira vez, ao minuto 57, o alvo adversário.

As ameaças “verdes-e-brancas” foram surgindo em catadupa. Aos 76 minutos, Carson foi gigante e travou um remate de Paulinho que levava selo de golo.

Seis minutos volvidos, Stones, em cima da linha, negou que a assistência de Slimani resultasse no golo de Nuno Santos.

Já num último suspiro, e com o jovem Rodrigo Ribeiro em cena, Stones e Sterling ficaram a centímetros do golo, que acabou por não surgir.

Melhor em Campo

No jogo 100 na Liga dos Campeões, o capitão dos “citizens”, Fernandinho, rubricou uma exibição consistente e foi o melhor em campo.

O médio brasileiro encheu o relvado com um remate, seis passes valiosos, concluiu, ainda, sete dos nove passes longos feitos, somou 12 aproximativos, quatro super aproximativos, um total de 110 acções com a bola,

Recuperou a posse em cinco ocasiões e realizou três acções defensivas no meio-campo contrário, três desarmes, outras tantas intercepções e um merecido título de MVP com um GoalPoint Rating de 6.7.

Destaques do Manchester City

Foden 6.3 – O jovem inglês saiu ao intervalo, mas não precisou de mais tempo para ter a terceira melhor nota entre todos aqueles que actuaram na noite desta quarta-feira. Realce para as duas ocasiões flagrantes criadas, um remate e 37 acções com a bola.

Ederson 6.2 – O guardião reencontrou os “leões” e, até ser substituído, interveio em duas ocasiões. Com a bola nos pés acertou os 16 passes que fez.

Bernardo Silva 5.5 – Desta vez não brilhou, como aconteceu na primeira mão. Saiu ao descanso com dois passes valiosos, dois passes aproximativos e quatro conduções aproximativas.

Destaques do Sporting

Coates 6.7 – O capitão esteve intratável a defender com dois remates bloqueados, cinco desarmes e duas intercepções.

Edwards 6.3 – Ainda a ambientar-se ao novo clube, o extremo aproveitou o regresso ao país onde nasceu para rubricar a melhor exibição até agora de leão ao peito. Imprimiu outra verticalidade e imprevisibilidade ao ataque da equipa e, nos 33 minutos em que actuou, realizou um remate, criou uma ocasião flagrante, fez dois passes de ruptura, quatro ofensivos valiosos, três passes aproximativos, cinco conduções aproximativas e recuperou a bola em quatro ocasiões. Well done, Marcus.

Neto 6.0 – Na senda de Coates, esteve imperial no sector recuado, com dois duelos aéreos defensivos ganhos em dois, quatro alívios e dois desarmes.

Pedro Porro 5.8 – Vinculado aos ingleses, o espanhol fez uma exibição regular, esteve atento a defender – três desarmes, cinco alívios e uma intercepção – e no ataque ainda apareceu com um remate e quatro cruzamentos. Falhou seis passes de risco (máximo) e perdeu seis vezes a posse no primeiro terço, o que lhe baixa a nota.

Adán 5.8 – O guarda-redes disse presente quando foi chamado a intervir com quatro defesas e três saídas a soco.

Sarabia 5.2 – Esperava-se algum rasgo do espanhol, mas pouco conseguiu acrescentar no ataque, à excepção de um passe que Paulinho não conseguiu finalizar. Registou quatro maus controlos de bola – máximo no encontro.

Ricardo Esgaio 5.1 – Refrescou o flanco direito e em 14 minutos fez um remate desenquadrado, uma intercepção e um alívio.

Rodrigo Ribeiro 5.0 – O jovem dianteiro de 16 anos estreou em jogos oficiais da equipa principal, tendo registado uma acção com a bola.

Paulinho 4.9 – Jogo de sacrifício do avançado, que a 14 minutos dos 90 teve a glória nos pés – Expected Goals (xG) de 0,6 -, mas não conseguiu desfeitear Carson. Consentiu ainda três dribles.

Slimani 4.9 – O argelino voltou a ser titular. Não fez nenhum remate, tendo visto Stones roubar-lhe um passe que iria deixar Nuno Santos na cara do golo. Dos seus dados, realce para as 22 acções com a bola que coleccionou e duas acções na área contrária.

Bruno Tabata 4.6 – Novidade no “onze”, é dele o primeiro remate leonino no encontro. Falhou três passes de risco, somou quatro perdas de bola no primeiro terço do terreno e sete recuperações de posse.

Ugarte 4.3 – Sempre disponível, o uruguaio finalizou a partida com 40 acções com a bola, quatro recuperações de posse e quatro intercepções. Teve o pior rating de todos aqueles que jogaram devido aos três passes de risco falhados que acumulou, seis dribles consentidos, sendo que quatro ocorreram no primeiro terço do terreno de jogo.

Resumo

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