Mais esquadras da PSP em risco de fechar em agosto. Estagiários em patrulha sem arma na Margem Sul

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Falta de efetivos pode colocar em risco as patrulhas nos meses e verão, período em que o país recebe mais turistas.

A situação relatada este fim de semana no Porto com a principal esquadra da cidade fechada por falta de efetivos pode tornar-se uma realidade mais abrangente no mês de agosto. O aviso é deixado por Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, que destaca o facto de este ser, por excelência, “um período de férias”, havendo ainda “quem esteja de baixa prolongada e acabe por descompensar muito o serviço em esquadras.

Paralelamente, o responsável esclarece que “o problema não é só no Porto ou em Lisboa. Nos Açores, por exemplo, há meses que há esquadras que têm de encerrar o atendimento por falta de pessoal”.

Em declarações ao Diário de Notícias, Paulo Santos avançou que também na última segunda-feira “a esquadra de Ermesinde esteve encerrada” durante o período noturno pelos mesmos motivos. A mesma fonte adianta que situações semelhantes deverão acontecer nas esquadras de Valongo e da Maia na noite de hoje, com os espaços a ficarem sem atendimento de ambas a encerra entre as 0h e as 08h.

O caso da carência de efetivos no Porto será resolvido com a criação de esquadras móveis — uma solução que também é pretendida por Carlos Moedas para Lisboa. No entanto, Paulo Santos não deixa de a olhar com maus olhos, caracterizando-a a como “muito particular“.

“O problema, no entanto, é de base e não de estrutura. Esta será uma solução a muito curto prazo mas, a longo prazo, não faz qualquer sentido”. A opção das esquadras móveis já estava a ser equacionada para o Porto, com a sua implementação a ter sido antecipada para testar a reação da população, explicou Rui Moreira, presidente da autarquia.

A propósito da reunião a que presidiu no Porto, José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, fez saber que Portugal tem atualmente um número de efetivos por 100 mil habitantes superior a outros países europeus: 442 por 100 mil. No entanto, Paulo Santos desvaloriza estes números, contrapondo com outras dimensões.

“Nós não conseguimos ter um número certo sobre quantos efetivos faltam. Em rádio até estamos bem, mas há polícias que só estão em funções administrativas e há outros que saíram para o SEF, por exemplo. Além disso, vão entrar mil polícias este ano, mas vão sair outros mil, isto significa que não há um aumento efetivo de operacionais.”

Há ainda quem alerta para a questão da segurança do ponto de vista do turismo, já que as duas áreas têm andado de mãos dadas para garantir ao país bons resultados, com implicações diretas na economia. Na visão de Cristina Siza Vieira, vice-presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, “para vingar, o turismo não pode ter falhas na segurança de pessoas e bens.” “Portugal tem na segurança um dos seus grandes ativos em termos internacionais”. Como tal, “os meios de segurança devem ser reforçados, até pela marca forte que Portugal é em termos institucionais”.

Ainda hoje, o Correio da Manhã avança que a falta de efetivos nos postos da GNR da margem sul vai deixar que as zonas da Trafaria, Costa de Caparica, Charneca de Caparica, Fernão Ferro e Paio Pires com uma única patrulha durante vários turnos até ao fim deste mês. No entanto, a situação pode ainda piorar, já que no início do mês de agosto haverá turnos sem um único militar disponível para efetuar patrulha.

A situação está a ser colmatada com guardas provisórios: estagiários recém-saídos da Escola da Guarda que não estão autorizados a usar arma e têm apenas um bastão para usar em qualquer ocorrência.

ZAP //

3 Comments

  1. A policia tem programa de estágios? Whoaaa vou-me já inscrever para fazer um gancho extra a guardar a sede do CHEGA ..

  2. É a guerra dos Médicos e enfermagem a matar se calhar mais que as bombas de Putin, a guerra dos Bombeiros, a guerra disto e daquilo, agora as esquadras fechadas, como se abertas valessem alguma coisa,enquanto se para o jogo se guarda o baralho chegam sempre depois dos ladrões criminosos fugir, assim vão alimentando os Políticos, a política, já há muito morta para a sociedade Portuguesa, mas vai ajudando as cadeias de televisão a ocupar o tempo de forma baratucha sem investimento, com programação idiota a custo zero uns pagos por continente outros intermache e por aí fora, os telespectadores vão tendo estes canais de televisão de miséria nos pacotes de internet pagos a preços de Ouro, e não há meio de chegar a guerra dos telespectadores exigindo programação digna e respeitosa, e desvalorizando estes canais de televisão nos pacotes oferecidos pelos operadores.

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