Estão em causa dois cursos anteriores ao que levou à morte, em 2016, dos recrutas Hugo Abreu e Dylan da Silva. Um dos casos segue já para julgamento, o outro vai para a fase de instrução.
De acordo com o jornal Público, dois instrutores do curso 125 dos Comandos, anterior àquele no qual morreram os recrutas Hugo Abreu e Dylan da Silva, vão a julgamento por abuso de autoridade e ofensa à integridade física.
Será o segundo julgamento por este tipo de crimes em provas dos Comandos, depois daquele que senta no banco dos réus 19 militares acusados no inquérito às circunstâncias das mortes dos dois instruendos no curso 127, cuja leitura do acórdão está marcada para 6 de setembro.
Numa outra investigação, relativa ao curso 123, vai haver fase de instrução para decidir quem, entre os quatro acusados, irá a julgamento e por que crimes.
Segundo o mesmo diário, os dois inquéritos aos cursos 123 e 125, iniciados em abril de 2014 e em 28 de setembro de 2015, respetivamente, foram abertos porque alguns instruendos foram internados no Hospital das Forças Armadas.
Um dos recrutas, na altura com 18 anos e saudável, esteve internado com “uma rabdomiólise grave”, descrita como “uma extensa destruição das fibras musculares que pode levar a uma insuficiência renal grave com risco de morte”. Ficou até hoje impossibilitado de praticar exercício físico e com lesões para a vida.
De acordo com o Público, é agora um dos dois assistentes deste processo e pede uma indemnização de 35 mil euros ao Estado e aos dois acusados.