Mais de 400 drones, aviões não tripulados, dos Estados Unidos despenharam-se em acidentes desde 2001, refere uma investigação do Washington Post hoje publicada no diário e que questiona a segurança daqueles aparelhos a um ano da sua generalização comercial.
Os drones que os Estados Unidos começaram a usar depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 despenharam-se contra casas, quintas, autoestradas, estradas, rios e, num caso, contra um avião de transporte em pleno voo, refere o Washington Post.
Apesar de ninguém ter morrido devido aos acidentes, o diário reporta ainda que documentos mostram que foram evitadas algumas catástrofes por muito pouco, avaliação feita à análise de mais de 50 mil páginas de documentos oficiais sobre acidentes.
A principal causa dos acidentes são avarias mecânicas, erros humanos ou problemas meteorológicos, salienta o jornal que identificou 418 acidentes com os 11-S do Pentágono, já que a CIA não apresentou dados.
De acordo com o Washington Post, 194 dos drones acidentados sofreram acidentes graves que destruíram o avião ou provocaram danos elevados, entre os quais 67 aconteceram no Afeganistão, 47 nos Estados Unidos, 41 no Iraque e 6 no Paquistão.
A investigação levanta uma interrogação sobre a segurança dos aviões e a autorização para permitir voos comerciais ou privados com aviões não tripulados, que serão integrados no espaço aéreo norte-americano em 2015.
/Lusa