Três conjuntos com diamantes e rubis de “valor inestimável” foram esta segunda-feira roubados do museu Grünes Gewölbe, na cidade de Dresden, na Alemanha. Este poderá ser um dos maiores assaltos da história, com peças roubadas no valor de mil milhões de euros.
Pelo menos dois ladrões conseguiram entrar no museu pouco antes das 05:00 locais (04:00 em Lisboa) para roubar esses três conjuntos do século XVIII, antes de fugirem, explicaram os investigadores em conferência de imprensa.
As joias pertenciam ao museu Grünes Gewölbe, situado num castelo da cidade de Dresden e que contém uma das coleções mais importantes de tesouros da Europa.
Pouco antes do assalto, um incêndio, perto do museu, destruiu um transformador elétrico, interrompendo o sistema de alarme. No entanto, os investigadores recusaram-se, nesta fase, a estabelecer uma ligação entre os dois acontecimentos. A diretora, Marion Ackermann, não pôde fornecer o valor estimado do prejuízo.
“Não podemos reduzi-los a um valor, porque não estão à venda”, indicou Ackermann acrescentando, no entanto, que o valor histórico e cultural das três peças é “inestimável”. Um outro responsável dos museus da cidade referiu que os conjuntos roubados faziam “parte do património cultural mundial”.
Ackermann defende que as peças não podem ser vendidas por serem muito conhecidas e teme que, por isso, as joias sejam derretidas. A diretora dos museus da Saxónia apelou ainda aos assaltantes para que não desmantelem as joias em pequenas peças para que sejam posteriormente vendidas.
De acordo com o jornal germânico Bild, o valor das joias roubadas pode chegar a mil milhões de euros, assumindo-se, potencialmente, como um dos maiores roubos da história. “Estamos a falar de objetos de valor cultural inestimável”, disse Dirk Syndram, diretor do museu, em conferência de imprensa.
Construído no século XVI, o museu é conhecido por ter uma das coleções mais importantes de joias antigas da Europa. Possui peças únicas de ourivesaria, pedras preciosas, porcelanas, esculturas de marfim ou âmbar, bronzes ou recipientes com pedras preciosas.
Uma parte do museu, um dos mais antigos da Europa, foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial no bombardeamento dos aliados de 13 de fevereiro de 1945, sendo posteriormente reconstruida.
O Exército Vermelho apropriou-se de uma parte das obras, levadas para a União Soviética, antes de ser repatriado em 1958, para Dresden, uma das principais cidades da República Democrática Alemã (RDA).
ZAP // Lusa