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O maior radiotelescópio do mundo captou uma espiral cósmica

ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), Hyosun Kim et al

Gás molecular em torno da velha estrela LL Pegasi

Gás molecular em torno da velha estrela LL Pegasi

Estas imagens vão ajudar os investigadores a revelar dados sobre o movimento orbital de um sistema de duas estrelas.

As novas imagens captas pelo ALMA, o maior radiotelescópio do mundo, mostram a espiral espacial que se formou pelo gás expelido, de forma contínua, pela estrella binaria LL Pegasi, também conhecida como “AFGL 3068”, informa o site deste organismo. As imagens disponibilizadas aparecem em 2D, no entanto, no artigo destaca-se que em 3D a espiral tem a forma de concha.

Este descobrimento revela dados sobre a natureza das estrelas binárias, através do gás que emitem e que permanece muito afastado da estrela, a uma distância de vários milhares de rádios estelares.

Esta descoberta vai ajudar os cientistas a determinar a órbita da estrela binária, dado que esta órbita de forma elíptica se reflita em cada ciclo da espiral.

“Este sistema invulgarmente ordenado abre a porta à compreensão de como as órbitas de estes sistemas evoluem com o tempo, já que cada ciclo espiral mostra uma órbita diferente num marco de tempo diferente”, diz Mark Morris, co-autor do estudo.

Os investigadores destacam que as estrelas binárias LL Pegasi concluem o ciclo em torno à sua órbita elíptica durante 800 anos.

“Este movimento binário é difícil de ser observado, inclusivamente pelas várias gerações da humanidade”, destaca o outro co-autor da investigação, Liu Sheng-Yuan, acrescentando que “a descodificação da espiral em forma de concha é uma maneira espirituosa de seguir o rasto da historia do movimento orbital”.

Este achado foi realizado pelo ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), que está localizado no deserto de Atacama, no Chile. Esta instalação conta com 66 radiotelescópios de alta precisão que funcionam em simultâneo, o que faz com que, no conjunto, possa ser considerado o maior radiotelescópio do nosso planeta.

O ALMA é fruto de uma parceria entre os EUA, Ásia Oriental e Europa, que investiram um total de 1.400 milhões de dólares na sua construção.

ZAP // RT

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