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Cientistas criam o maior (e mais realista) universo virtual de todos os tempos

Uma equipa de investigadores criou um universo virtual onde este é apresentado de forma mais realista. O software chama-se Uchuu — “espaço sideral”, em japonês — e está disponível gratuitamente para que qualquer pessoa que queira explorar o universo o possa fazer através do conforto de sua casa.

O software conta com 2,1 biliões de “partículas” que se inserem num cubo computacional de 9,63 bilhões de anos-luz de largura – que representa cerca de 75% da distância entre a Terra e as galáxias mais distantes que podemos observar, indica um comunicado.

O modelo simula a história do universo ao longo de um período de mais de 13 mil milhões de anos, mas examina o comportamento da matéria escura em expansão, em vez do desenvolvimento de estrelas e planetas. O software revela a evolução do universo num nível de tamanho e detalhes inconcebíveis até agora.

Devido ao alto nível de detalhes do software, os investigadores conseguiram distinguir detalhes que vão desde aglomerados de galáxias a halos de matéria escura de galáxias individuais.

“O Uchuu é como uma máquina do tempo”, referiu Julia F. Ereza, uma estudante do doutoramento do Instituto de Astrofísica Andaluzia, em Espanha, que usa o novo modelo.

“Podemos ir para frente, para trás, parar no tempo, ampliar uma única galáxia ou fazer zoom para visualizar um aglomerado inteiro. Pode-se ainda ver o que realmente está a acontecer a cada instante e em todos os lugares do Universo desde os seus primeiros dias até ao presente”, refere a aluna espanhola, citada pelo Interesting Engineering.

Este projeto só foi possível de executar devido ao supercomputador ATERUI II, que é especializado em programas astronómicos.

No entanto, o novo software incorpora um projeto tão grandioso que o supercomputador demorou um ano inteiro para analisar todos os dados e criar a simulação.

O modelo poderá ajudar os astrónomos a aprender como interpretar pesquisas de galáxias de Big Data esperadas nos próximos anos em instalações como o Telescópio Subaru e a missão espacial ESA Euclid.

O “universo virtual” está agora disponível numa nuvem e ser pode ser consultado facilmente.

O estudo foi publicado na revista Royal Astronomical Society.

ZAP //

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