Sol está atualmente no ciclo 25 e o início do máximo solar está previsto para 2025 — eventos ainda mais intensos devem ter lugar a partir do próximo ano, aumentando o risco de um apagão na Internet de todo o planeta.
A erupção solar mais forte dos últimos seis anos causou um grande apagão de rádio nas Américas, desde o Canadá até ao Chile e Argentina, tendo até atingido a Antártida.
As erupções solares são poderosas explosões de energia conhecidas por impactarem as redes elétricas, sinais de navegação, comunicações via rádio e podem representar riscos para as naves espaciais e astronautas.
A 14 de dezembro, a região de manchas solares AR 3514 entrou em erupção de classe X2.8. A categoria “X” é a mais intensa que a nossa estrela pode produzir; as subclasses são numeradas de 1 a 8.
Um apagão moderado de rádio cobriu toda a América do Sul durante duas horas, especificamente nos sinais de altas frequências. Ondas de frequências mais baixas foram bloqueadas na América do Norte.
A erupção foi “provavelmente um dos maiores eventos de rádio solar alguma vez registados“, de acordo com o centro meteorológico da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA. Interrompeu temporariamente a comunicação via rádio na Terra durante algumas horas, com vários pilotos a reportar problemas de comunicação.
Foi emitiu um alerta de tempestade geomagnética, o que significa que alguns poderão ver as luzes do norte nos dias seguintes.
A erupção também produziu uma ejeção de massa coronal (CME), tendo enviado uma enorme nuvem de plasma em direção aos planetas do Sistema Solar. Os cientistas previam que essas partículas carregadas atingissem a Terra o que, afinal, não aconteceu.
Segundo os registos, esta foi a explosão solar mais forte desde setembro de 2017, quando foi detetado um evento de classe X8.2 — oito vezes mais intenso do que uma erupção X1.
O Sol está atualmente no ciclo 25, com o início do máximo solar previsto para 2025, o que significa que eventos ainda mais intensos devem acontecer a partir do próximo ano, representando risco de um apagão na Internet de todo o planeta.
No entanto, não há motivos para preocupação, pelo menos por enquanto. Os cientistas estão a concentrar os seus esforços para desenvolver novas técnicas de previsão de CMEs perigosas para alertar as autoridades, de modo que as devidas precauções sejam tomadas a tempo de mitigar eventuais danos.
ZAP // CanalTech