O asteróide Florence, batizado em homenagem à enfermeira Florence Nightingale, tem um diâmetro médio de 4,35 quilómetros e é considerado “potencialmente perigoso”. Passa, na sexta-feira, a cerca de sete milhões de quilómetros da Terra.
Desde que a NASA começou a seguir os asteróides, corriam ainda os anos 90, este é o maio objeto espacial a passar “tão perto” da Terra. Sete milhões de quilómetros ainda é uma distância considerável e, apesar de outros já terem passado mais perto, estima-se “que todos eles fossem mais pequenos”, disse Paul Chodas, diretor do Centro para o Estudo dos Objetos Próximos da Terra da NASA, em comunicado.
O encontro entre o asteróide descoberto em 1981 pelo astrónomo norte-americano Schelte Bus, a partir do Observatório Siding Spring, na Austrália, e o planeta azul está marcado para esta sexta-feira, dia 1 de setembro.
No início deste ano, um asteroide de três metros passou a uma altitude de apenas 14 mil quilómetros – há satélites geostacionários mais afastados da Terra – sendo detetado apenas seis horas antes.
O Florence será mais visível que o 2014 JO25, que tinha um diâmetro de 650 metros, e que passou a 1,8 milhões de quilómetros do nosso planeta. Será visível com recurso a pequenos telescópios ao longo de várias noites, atravessando as constelações de Piscis Austrinus, Capricornus, Aquarius e Delphinus.
O “encontro” de 2017 é o mais próximo do Florence desde 1890, devendo regressar antes de outubro 2024. Esta sexta-feira, no entanto, estará mais o próximo da Terra de sempre e só repetirá a proeza depois do ano de 2500.
Aposto que o Marcelo irá passar bem perto também.
Para aqueles que quiserem “espreitar” o asteróide, o observatório do planetário de Espinho preparou uma sessão de observação especial, sexta-feira a partir das 21:00.