A ICM Stellar Sports, considerada a maior empresa de agenciamento de futebolistas do mundo, abriu escritório no Porto, com o objetivo de dominar o mercado português.
Com uma carteira de mais de 800 jogadores, avaliados num total de 1,4 mil milhões de euros, a ICM Stellar quer “caçar jovens talentos” e aproveitar “a tradição do país em exportar bons jogadores para todo mundo”. A empresa gere as carreiras de jogadores como Gareth Bale, Jack Grealish ou Eduardo Camavinga.
“Não queremos apenas tratar de contratos. Cuidamos do bem-estar dos atletas ao longo das carreiras, e asseguramo-nos que, quando eles se retirarem, o façam em segurança e não acabem falidos”, disse Jonathan Barnett, CEO da empresa, citado pelo Jornal de Notícias.
Em Portugal, vários futebolistas estão entregues à confiança de Jorge Mendes, aquele que é considerado por alguns como o maior empresário de atletas do mundo. Barnett não se deixa impressionar pelo superagente português.
“Jorge quem? Desculpe, nunca ouvi falar”, disse o líder da ICM Stellar, ao Diário de Notícias. “Se olhar para a revista Forbes, vê o nome de Jonathan Barnett como o número 1 dos agentes do futebol mundial. E eu não costumo olhar para baixo”.
“O que nos atrai no mercado português é a qualidade dos seus jovens futebolistas. A nossa agência especializou-se em contratar jovens jogadores e acompanhá-los ao longo da carreira. E para uma empresa que é a maior do mundo é importante ter representação neste mercado. Portugal tem academias de formação que estão entre as melhores, produzem jogadores que podem jogar em qualquer parte do mundo”, disse ainda o britânico.
Apesar da abertura de um novo escritório no Porto, a aposta em Portugal não é de agora. Há pelo menos cinco anos que a empresa tem vindo a trabalhar em Portugal, em colaboração com Clemente Araújo e Artur Fernandes.
São já 44 jogadores portugueses que fazem parte da carteira da ICM Stellar. Destacam-se os jovens Tiago Gouveia (SL Benfica), Vasco Sousa (FC Porto) e Bernardo Vital (Estoril).
“Queremos ser o n.º 1 em Portugal, talvez não em dois ou três anos, talvez seja preciso um pouco mais de tempo, temos de ser realistas, mas foi para isso que viemos. Eu não vou competir com o Jorge e o Jorge não vai competir comigo. Há mercado suficiente para todos. Se chegarmos ao mesmo jogador, a decisão será do jogador”, explicou Barnett.
O inglês realçou ainda que os clubes portugueses vão continuar a “vender bem”, mas duvida que, por exemplo, o Benfica vender Darwin Nuñez por 100 milhões de euros.
Mais manfios da bola…
Não será hora de terminar com estes intermediários da bola?