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Maduro culpa oposição pelas sanções e diz estar preparado para qualquer ataque

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Cristian Hernandez / Lusa

Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou este sábado a oposição de conspirar com Washington na imposição de sanções contra o país e sublinhou que Caracas se tem preparado “militar e politicamente” para qualquer ataque.

“Não nos deixaremos humilhar por ninguém. Temos dignidade e temos vindo a preparar-nos moral, política e militarmente. A Venezuela tem um poder militar respeitável que garante a integridade territorial, a paz e a soberania nacional, em qualquer circunstância”.

O Presidente da Venezuela falava para milhares de simpatizantes que se concentraram este sábado em El Calvário, Caracas, nas proximidades do palácio presidencial de Miraflores, no final da marcha “Não mais Trump”, que teve como propósito condenar as sanções dos EUA e o congelamento dos ativos do Governo venezuelano em território norte-americano.

“A Venezuela não teme nenhuma ameaça imperialista, venha de onde vier”, frisou. Por outro lado, Maduro revelou que desde fevereiro último “uma delegação da oposição manteve contactos secretos com o Governo” venezuelano. No entanto acusou a oposição de estar por detrás das agressões económicas contra o seu país e precisou que o seu Governo está preparado “para dialogar, para chegar a acordos, mas com respeito”.

“Toda a agressão económica e esta maldade foi solicitada, apoiada abertamente, pelo bandido de Guaidó [Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional) e assim o denuncio perante o mundo (…) a justiça demora, mas chegará”, disse.

Nicolás Maduro explicou que as últimas sanções obrigam o Governo venezuelano “a mudar, melhorar e renovar todos os mecanismos para garantir a alimentação ao povo, a paz e a segurança económica”.

Milhares de venezuelanos realizaram este sábado a primeira jornada mundial de protesto contra o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em várias regiões do país, principalmente em Caracas, Miranda, Lara, Portuguesa, Sucre e Mérida.

Vestidos de vermelho (a cor da revolução) os venezuelanos marcharam gritando “Trump, tira as mãos da Venezuela” e exibiram cartazes com mensagens como “Não Mais Trump” e “Trump, desbloqueia a Venezuela.

Em 5 de agosto, os Estados Unidos anunciaram o congelamento de todos os ativos do Governo venezuelano, uma decisão anunciada pela Casa Branca e que traduz uma escalada das tensões com o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A proibição aos norte-americanos de efetuarem quaisquer negócios com o Governo da Venezuela também entrou em vigor imediatamente.

Segundo o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, a decisão de Washington “põe em risco os processos petrolíferos da Venezuela”, ao dificultar “a importação de partes e peças”, a obtenção de diluentes e o transporte internacional.

No entanto, Arreaza garantiu que a Venezuela continuará firme na construção de novos caminhos alternativos. “Perante estes ataques já estamos preparados. Criámos caminhos alternativos porque não cederemos perante nenhuma situação”, assegurou.

Em 2017 a Venezuela tinha 31,98 milhões de habitantes. Pelo menos quatro milhões de venezuelanos abandonaram o seu país, desde 2005, fugindo da crise política económica e social que afeta o país.

// Lusa

2 Comments

  1. Deve ser fraquinho e o maduro é gordinho. Depois é de louvar, admirar e respeitar uma pessoa como maduro que luta com poucas armas contra o país que só o líder da lista de perigosos terroristas. O povo venezuelano, a quem daqui muito longe, expresso uma grande solidariedade pela sua tenacidade e abnegação nesta luta que trava, bastante desigual. Tem razão maduro quando diz que guardo é um bandido, e digo eu que além disso é um traidor a pátria venezuelana e não não compreendo porque não dada já a ordem de prisão para ser julgado pelos crimes que cometeu, e como pena de traição deve ser imediatamente condenado á morte, é um mínimo. Muitas pessoas emprenham pelos ouvidos, e dizem que maduro é o culpado pela crise que se vive na Venezuela, mas não é verdade. Portugal ou outro qualquer país não estaria na mesma situação que fosse alvo de acção tão criminosa como as sanções impostas???? É claro que não, e não lutariamos até às últimas consequências?? É claro que sim, é o que estão a fazer os venezuelanos. Força Venezuela na luta do bem contra o mal e contra o terrorismo, o bem e a verdade irão prevalecer.

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