Michel Spingler / EPA

O Presidente francês, Emmanuel Macron, deverá anunciar uma remodelação no Governo esta segunda ou terça-feira, duas semanas após as legislativas que levaram a uma maioria relativa na Assembleia Nacional, cenário que não acontecia há 34 anos.
As mudanças já eram esperadas devido a uma regra não escrita que estabelece que os governantes que se candidatem nas legislativas e não consigam o lugar de deputados devem abandonar os cargos. Nessa lista estão as ministras da Saúde, Brigitte Bourguignon, da Transição Ecológia, Amélie de Montchalin, e do Ultramar, Yaël Braun-Pivet, e da secretária de Estado do Mar, Justine Bénin.
Segundo o Público, que cita o Le Figaro e o Le Monde, na linha da frente para assumirem funções executivas estão membros de dois partidos que, conjuntamente com o Renascimento, formaram a coligação eleitoral de apoio a Macron.
São esses partidos o Horizontes, liderado por Edouard Philippe – as expetativas recaem sob Frédéric Valletoux para a pasta da Saúde e que Arnaud Robinet também receba uma -, e o Movimento Democrático, de François Bayrou – que espera e entrada de Sarah El Haïry e Jean-Noël Barrot para a lista de governantes.
Já o líder dos Republicanos, Christian Jacob, rejeitou coligações formais com a coligação presidencial, mas o Le Monde escreveu no domingo que há nomes desse partido citados para o Governo. O mesmo jornal referia que Macron poderia conseguir convencer o ex-candidato presidencial ecologista, Yannick Jadot, a assumir a pasta ambiental, num momento em que os Verdes se aproximaram da França Insubmissa.
Espera-se ainda a apresentação de uma moção de confiança por parte da primeira-ministra, Élisabeth Borne, o que pode ocorrer na próxima quarta, quando esta se dirigir à Assembleia para revelar e explicar as linhas do seu programa. Embora não seja obrigatória, a apresentação é uma tradição política após as legislativas.