A Macedónia autorizou esta quarta-feira 170 refugiados a atravessar a fronteira, enquanto do lado grego 10 mil pessoas continuam à espera em condições muito difíceis, informaram as autoridades gregas.
Trata-se do primeiro grupo de sírios e iraquianos autorizados a prosseguir viagem desde a madrugada de segunda-feira, quando a fronteira foi encerrada depois de cerca de 300 refugiados terem tentado forçar a entrada em território macedónio.
A fronteira entre a Macedónia e a Grécia situa-se na principal rota migratória dos Balcãs, que começa na Grécia e passa sucessivamente pela Macedónia, Sérvia e Croácia, seguindo pela Eslovénia até à Áustria.
Do lado grego, junto ao posto fronteiriço grego de Idomeni, as autoridades locais afirmam que há sete mil migrantes em dois acampamentos montados por organizações humanitárias e mais umas três mil nos campos em volta.
Nos últimos dias, as organizações no terreno deram conta da falta de alimentos e de tendas e alertaram para os efeitos do tempo chuvoso na saúde dos migrantes, muitos dos quais viajam com crianças.
Um jornalista da agência France Presse relatou hoje que há filas de pessoas para a distribuição de comida.
A Comissão Europeia (CE) propôs hoje destinar 700 milhões de euros do orçamento comunitário a ajuda de emergência humanitária aos países da União Europeia (UE), especialmente os confrontados com a chegada em massa de migrantes.
A Grécia estima precisar de quase 500 milhões de euros para organizar o acolhimento de 100 mil refugiados e para gerir a situação na fronteira com a Macedónia.
Segundo números divulgados há uma semana pela Organização Internacional das Migrações (OIM), desde janeiro mais de 100 mil pessoas chegaram à Europa através do Mediterrâneo, a esmagadora maioria das quais à Grécia.